Maria Inês Rocha Fonseca tudo fez para poder tomar conta de parte de uma rotunda construída pela Câmara Municipal de Sabrosa, num terreno que garante ser, em parte, sua propriedade.

Mas os elementos da GNR ali presentes tudo fizeram no sentido contrário, tendo detido primeiro os seus dois filhos, Marco Paulo, de 29 anos, e António Jaime, de 23. Só depois de muitos protestos foi também ela detida e conduzida ao posto da GNR local.

\"Porque prendem os meus filhos. Este terreno é meu e seja quando for vou ocupá-lo, porque é privado e os senhores agentes é que deviam sair\", disse a proprietário de, pelo menos, 62 metros quadrados do terreno em causa, conforme a própria autarquia, com a qual mantém um diferendo desde 2002, já reconheceu.

Tanto insistiu nos seus direitos que acabou por conseguir colocar um carro a impedir o trânsito, de pois de ter tentado com blocos, cimento e fitas. E acabou finalmente detida, após mais de três horas de protesto. Os três foram notificados e deverão comparecer, hoje, no Tribunal de Sabrosa. O advogado de Maria Inês, Deus Fonseca, explicou ao JN, que a sua cliente se \"sente injustiçada e revoltada porque foram ocupadas 300 metros de terreno indevidamente e até hoje não consegue que a situação seja resolvida\".

A Câmara reconhece apenas a ocupação de 63 m2, e em relação ao restante o caso está pendente de decisão judicial. O autarca, José Marques, garante que \"só quando houver decisão do tribunal a autarquia poderá resolver o problema, pagando o terreno\".



PARTILHAR:

«Agarrados com violência»

Prosseguem as buscas