A nova ponte marca o arranque da construção do IC 5 no distrito de Bragança, uma via aguardada há, pelo menos 50 anos, pelos habitantes da Terra Quente Transmontana e do Planalto Mirandês, que permitirá facilitar as ligações inter-concelhias e o acesso ao IP4.
Associada ao IC5 está também a beneficiação de 12 quilómetros da EN 221, entre Mogadouro e a freguesia de Castelo Branco, que custará 1.3 milhões de contos. De acordo com os dados, concretamente um mapa, fornecidos pelo Instituto de Estradas de Portugal (IEP), este troço será incluído no traçado do IC5. A consignação dos trabalhos deverá acontecer ainda este mês, prolongando-se até final de 2002.
Ainda no que toca a vias rápidas, as informações disponibilizadas pelo IEP prevêm que as propostas do projecto da ponte internacional de Quintanilha, no IP4, sejam abertas no próximo mês de Julho. Dois meses depois deverá ser inaugurado o troço do IP2 entre Macedo de Cavaleiros e Vale Benfeito, uma data que dificilmente será cumprida, dado que ainda decorrem obras de construção de viadutos e a colocação de tapete ainda não começou.
As novas previsões do IEP surgem um mês depois de ter sido dado conta de sucessivos atrasos na concretização de projectos anunciados há cerca de um ano, em Bragança, pelo então secretário de Estado adjunto do ministro do Equipamento, Luis Parreirão.
Os prazos assumidos pelo governante apontavam para o arranque das principais obras até ao final de 2000, mas as previsões falharam, pelo que o IEP, após um pedido de esclarecimento feito por este semanário, avança agora com uma nova calendarização.
Uma delas diz respeito à beneficiação da EN 213, entre Mirandela e Vila Flor. O Departamento de Programação e Investimento do IEP chegou a dar como certa a conclusão desta intervenção para o final do ano passado, mas a obra só este mês deverá ser consignada. Ao todo serão investidos 1,6 milhões de contos para mudar a face de 20 quilómetros de via, num prazo de 540 dias.
Buracos tapados
Outra das obras emblemáticas no distrito vai servir para tapar as dezenas de buracos existentes na EN 221, entre a antiga estação de Freixo de Espada à Cinta e esta vila. Segundo o documento a que o DTOM teve acesso, a consignação dos trabalhos poderá acontecer em Novembro, com um prazo de execução de 300 dias. Ao todo serão gastos 800 mil contos na beneficiação dum troço de 12 quilómetros de alcatrão, que representam a principal via de acesso a Freixo de Espada à Cinta.
Por outro lado, a renovação do tapete do IP4 entre Bragança e Santa Comba de Rossas deverá ser uma realidade antes do final do ano, estando já prevista a consignação do troço Rossas-Pontão de Lamas em Março do próximo ano. As duas intervenções a efectuar pelo Instituto para a Conservação e Exploração da Rede Rodoviária (ICERR) no IP4 serão feitas num percurso de 34 quilómetros e custarão 2 milhões de contos.
Em relação às obras da responsabilidade do ICERR, destaque ainda para a repavimentação e correcção do traçado da EN 103, entre Vinhais e Sobreiró de Cima, e da EN 218, entre Vimioso e Caçarelhos. No segundo caso as propostas regista-se uma compasso de espera de cerca de uma ano, dado que as propostas foram abertas em Agosto do ano passado, mas as máquinas ainda não estão no terreno.
As previsões avançadas incluem também a criação de cruzamentos desnivelados no IP4 em Podence, Quintela e Vale de Nogueira, cuja consignação está prevista para Março para Março do próximo ano com um prazo de execução de cerca de um ano.