O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, sublinhou hoje, em Bruxelas, que o granizo é um risco que está coberto pelos seguros de colheitas, referindo-se aos produtores afetados pela queda de granizo, no sábado, em Mogadouro, Bragança.

“Em princípio, o granizo é um risco que está coberto pelo sistema de seguros [agrícolas] e sei que há agricultores que fizeram esse seguro e que por isso estão protegidos contra os prejuízos sofridos”, disse Luís Capoulas Santos aos jornalistas, à margem de uma reunião do Conselho de Agricultura e Pescas da União Europeia (UE).

“Não faz sentido o Estado apoiar aqueles agricultores que não fizeram seguro, porque isso seria desincentivar todos aqueles que o fazem”, salientou, acrescentando que estão no terreno equipas para fazer levantamento dos estragos e ver “que outro tipo de ajudas” pode ser dada.

O ministro exemplificou com a existência de danos em infraestruturas, que não estão cobertos pelo seguro de colheitas.

O levantamento, sublinhou, deve estar feito nos próximos dias.

Capoulas Santos lembrou que, “durante muitos anos, a suprema reivindicação dos agricultores portugueses era a existência de um seguro”, tendo este sido criado para as colheitas e com um prémio financiado em 60% pelo Estado.

O concelho do Mogadouro, no distrito de Bragança, sofreu no sábado prejuízos "muito avultados", provocados por trovoada, chuva e granizo, segundo disse à Lusa o presidente da Câmara, Francisco Guimarães.

"Tenho conhecimento de que há prejuízos muito avultados provocados pelo granizo, não só na vila de Mogadouro, mas em grande parte do concelho. Ainda não é possível contabilizar os estragos já que a informação, só agora, começa a chegar", disse à Lusa, Francisco Guimarães.

De acordo com o autarca, as pedras de granizo eram quase do tamanho de ovos de galinha.



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