Dentro de alguns meses, os produtores raças de ovinos autóctones de Trás-os-Montes poderão começar a produzir carne de acordo com os gostos dos consumidores.

Uma equipa de professores do Instituto Politécnico de Bragança está a desenvolver um estudo que visa a caracterização, em termos organoléticos, da raça churra galega bragançana, do cabrito transmontano e do borrego terrincho.

Para o efeito, está a criar-se um painel de consumidores, que deverão provar a carne da perna desses animais, cozinhada da mesma forma, com o objectivo de saber se conseguem distinguir o peso e o sexo. Essa prova tem como finalidade chegar ao \"padrão óptimo\" da carne que mais agrada ao público e fazer com que a qualidade seja homogénea. \"Assim, poderemos dar indicação aos produtores sobre o peso ideal de abate e a diferença de sabor do macho para a fêmea\", explicou Vasco Cadavez.

Dessa forma, os produtores podem obter informações sobre as preferências dos consumidores, qual é o produto característico e o que procuram. Depois, na posse dessas informações, o produtor poderá adaptar a produção às preferências do consumidor e passar a abater os animais quando estão no seu \"estado óptimo\".

O painel será constituído pelo maior número possível de pessoas, entre 25 e 50 por peça de carne. Vão realizar-se dez sessões de prova e, dentro de dois meses, deverá haver resultados.



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