O crossódromo de Telões, em Vila Pouca de Aguiar, recebeu, no passado fim-de-semana, a sexta prova pontuável para o campeonato nacional de motocross, contando com uma assistência de cerca de quatro mil pessoas.

Com os treinos a acontecer pela manhã, foram os pilotos da Honda Cepsa que venceram destacados as suas classes. Paulo Gonçalves venceu com grande autoridade os treinos da classe dos Seniores, enquanto Luís Ferreira copiava o seu colega de equipa e também ganhava o primeiro lugar na grelha de partida para a classe de Iniciados.

E, se nas corridas se previa um domínio de Paulo Gonçalves, tal como tem sido normal este ano, isso não aconteceu, devido a uma queda colectiva na segunda manga que afectou o piloto de Esposende. Quem tirou partido da "molhada" foi o piloto da Honda Galp Moto Garrano, o flaviense Hugo Santos, que, aos comandos de uma Honda CR 125, venceu a segunda manga, depois de já ter obtido um excelente terceiro lugar na manga inicial.

No final, Hugo Santos obtinha o mesmo número de pontos que Paulo Gonçalves na classificação geral, mas como conseguiu o melhor resultado na segunda manga foi declarado como vencedor da prova de Vila Pouca de Aguiar. "Estou muito contente porque vencer à geral é um resultado muito bom. Na primeira manga arranquei mal e perdi algum tempo numa confusão que houve na primeira curva. Depois consegui recuperar muito bem até ao terceiro lugar da geral, vencendo as 125. Na segunda manga já consegui arrancar melhor, sem ficar na queda inicial. O Bruno Silva e o Jorge Brioso iam à minha frente, mas consegui passá-los e distanciar- -me. Depois foi só gerir a vantagem para vencer com 12 segundos de diferença. Reforcei a liderança no campeonato das 125 e, assim, fica tudo bem encaminhado para conquistar o título. A pista estava muito boa e a minha moto impecável. Esta equipa nunca falha. Gostaria de dedicar a vitória ao Filipe, meu mecânico, e a toda a equipa, que têm sido espectaculares", sublinhou Hugo Santos.

Além da classificação geral, Hugo Santos dominou a classe 125, tendo o espanhol Ricardo Pazos obtido a segunda posição e Ivo Camacho, da Rómoto, o terceiro lugar.

Já na classe 250 cc, Paulo Gonçalves conseguiu o primeiro lugar, seguido de Bruno Silva, em Kawasaki, e de Sandro Marcos, em Honda.

Destaque para o Team Honda Cepsa que, a duas rondas do fim do Campeonato Nacional, já conquistou o primeiro lugar, uma vez que somente Paulo Gonçalves ou Sandro Marcos podem conquistar o titulo de Campeão Absoluto de Motocross.

O líder destacado do Campeonato Nacional, Paulo Gonçalves, lamentou, no final da prova, o facto de se ter envolvido numa queda durante a segunda manga, lembrando que "a moto ficou embrulhada com outras e não consegui arrancar logo. Quando parti já o pelotão levava mais de meia pista de avanço. Ainda para mais voltei a cair e parti os óculos, fazendo a corrida sem eles. Mesmo assim terminei com o mesmo número de pontos que o primeiro piloto da classificação geral e venci a classe 250".

Quem caminha também a passos largos para o título de Campeão Nacional de Motocross na classe de Iniciados é o "super sónico" Luís Ferreira, que mais uma vez venceu destacado as duas mangas, aumentando para catorze as mangas que venceu consecutivamente este ano. A segunda posição foi para o espanhol Kevin Macias, em Yamaha, e Frederico Dias, em Honda, obteve o terceiro lugar. O actual campeão nacional, Nuno Gonçalves, não foi além do quarto lugar.

A grande ausência nesta prova acabou por ser protagonizada por Rui Gonçalves, piloto flaviense, que continua a recuperar da lesão no fémur da bacia contraída aquando uma queda numa prova a contar para o mundial de motocrosse.



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