O grupo de missão da eurocidade Chaves/Verin reuniu, esta segunda-feira, com deputados dos dois lados. O objectivo foi sensibilizar os parlamentares sobre as barreiras legais que existem para pÎr em prática o ambicioso projecto.

Apesar do apoio manifestado e formalizado pelos Governos dos dois países, em Dezembro de 2007, o plano de acção para que Chaves e Verín funcione em pleno como uma eurocidade tem ainda pela frente muitos obstáculos: legais, fiscais e administrativos. \"Por exemplo, nós temos uma Escola de Artes e Ofícios com paralelismo pedagógico e os alunos de Verín não têm. Podiam frequentar a nossa, mas, para isso, seria necessário que ambos os ministérios acertassem parâmetros que permitam a certificação desses mesmos alunos\", exemplifica o presidente da Câmara Municipal de Chaves, João Batista, lembrando também as dificuldades ainda por vencer no que diz respeito à circulação de ambulâncias de um lado para o outro.

De resto, foi para tentar vencer os obstáculos colocados à concretização da eurocidade Chaves/Verín, que, ontem, o grupo de missão encarregue de desenvolver o plano de acção do projecto reuniu, nas duas cidades, com deputados de ambos os lados da fronteira. \"No fundo, o que se lhes pediu foi que nos respectivos órgãos onde estão, possam ajudar a superar estas barreiras\", explicou o autarca flaviense, revelando que todos eles se comprometerem a ajudar nesse sentido. \"Nós, por seu lado, comprometemo-nos enviar-lhes informação sobre o andamento do projecto\", explicou.

Considerada como cooperação de segunda geração, a eurocidade Chaves/Verín tem no seu plano de acção mais de meia centena de propostas: uma rede pública de transportes que assegure a ligação entre as duas cidades; o acesso livre aos serviços de saúde de um lado e de outro da fronteira; a partilha equipamentos sociais, culturais e empresariais, a criação de meios de comunicação social comuns, através da Internet; o mesmo tarifário em termos de comunicações (fim do roaming) e até o lançamento de um cartão de identidade próprio. O objectivo é transformar as cidades de Chaves e Verín num território onde as populações dos dois lados da fronteira gozem dos mesmos direitos.

\"Queremos que Chaves e Verín sejam apenas o bairro Sul e o bairro Norte de um só território\", tem dito o alcaide de Verín, Juan Manuel Ximenéz. Por partir da base, para o presidente da Câmara de Chaves, este projecto contribui mais para a eurocidadania preconizado por qualquer tratado instituído pelas cúpulas. O grupo de missão da eurocidade é presidido pelo conselheiro Xunta de Galicia Xosé Luis Méndez Romeu. A vice-presidente é Ana Teresa Lehmann, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte.



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