Um comerciante de cerca de 40 anos foi encontrado ontem, cerca das 15 horas, no interior de uma cave junto ao supermercado de que é proprietário, em Torre de Moncorvo. O facto de no local não ter sido encontrada qualquer arma leva as autoridades a pensar que possa ter-se tratado de uma tentativa de homicídio.

A Polícia Judiciária esteve no local ontem à tarde e já terá ouvido alguns familiares, estando agora a seguir várias pistas, designadamente quanto a uma possível tentativa de assassinato por motivos ainda não determinados. Mas para já não excluem também a hipótese de tentativa de suicídio. O comandante da GNR de Moncorvo, André Silveira, confirmou apenas que a vítima foi atingida com dois disparos no peito.

Segundo o JN apurou, António Carvalho terá sido encontrado caído na cave pelo filho, foi transportado para o Centro de Saúde de Moncorvo e depois transferido para uma unidade hospitalar do Porto. Segundo informações recolhidas junto de pessoas que acompanharam a vitima, ter-se-á gerado uma grande confusão no centro de saúde, o que acabou por demorar a transferência do doente.

Várias fontes ouvidas pelo JN falaram de alguma desorientação, uma vez que, inicialmente, terá sido mesmo realizada uma lavagem de estÎmago à vítima, por suspeitarem que o homem tinha ingerido medicamentos. Só depois terá sido notado que o indivíduo apresentava perfurações no peito que indiciavam de ter ido atingido por duas balas.

Só então terá sido accionado o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que enviou um helicóptero para o local, segundo informações daqueles serviços, o pedido de apoio foi feito às 15H31 . O helicóptero terá aterrado no heliporto de Moncorvo às 16h15, \"um tempo perfeitamente normal para uma deslocação entre o Porto e Moncorvo\", referiu uma fonte do INEM.

António Carvalho acabou por ser transferido para o Hospital de S. João no Porto, onde chegou vivo. De acordo com as informações apuradas naquela unidade de Saúde cerca das 19 horas, António Carvalho encontrava-se numa situação estável.

No entanto, fontes do centro de saúde garantem que os meios aéreos demoraram mais tempo do que o previsto, porque os pilotos terão seguido o curso do rio Douro que passa no extremo do concelho. O director do Centro de Saúde de Moncorvo, Albérico Pires, não quis comentar o caso e remeteu as explicações para depois de realizadas as devidas averiguações.



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