A produção de vinho na Região Demarcada do Douro, a mais antiga do mundo, diminuiu 19% em 2007, mas é de excelente qualidade, anunciou nesta quinta-feira o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).

Depois de fechadas as contas da declaração da colheita e produção, o IVDP concluiu, em comunicado enviado à imprensa, que a colheita regional do Douro deste ano foi de 224.208 vasilhas (1,233 milhões de hectolitros), ou seja, menos 19,1% do que a de 2006.

Para a diminuição da produção contribuiu, de acordo com o organismo público, uma nascença inferior à do ano passado logo no mês de março, e também as condições climáticas que se fizeram sentir na primavera e que facilitaram o aparecimento de várias doenças criptogâmicas, principalmente o míldio.

No entanto, os primeiros resultados permitem antever uma colheita de \"excelente qualidade\", o que, segundo o instituto, resulta da diminuição da produção, associada a uma boa disponibilidade de água no solo, a uma grande amplitude térmica entre a noite e o dia durante o período de maturação e a um setembro quente e seco.

A diminuição da produção não foi igual em todos os vinhos da região.

O IVDP fixou em 125 mil vasilhas a quantidade de vinho do Porto que este ano foi beneficiado (quantidade que cada viticultor pode destinar a vinho do Porto).

A grande diminuição na produção fez-se sentir nos restantes vinhos da região, onde se registraram quebras de cerca de 25% no VQPRD Douro, 65% no Regional Duriense e 63% no vinho de mesa.

Como conseqÌência desta quebra de produção, já se registrou um aumento dos preços pagos à produção, particularmente evidente no VQPRD Douro e que poderá conduzir uma subida dos preços no mercado.

No decorrer da colheita de uvas, que se efetuou principalmente entre os meses de setembro e outubro, o IVDP, com a colaboração da Brigada Fiscal da GNR de Coimbra, realizou mais de 600 ações de fiscalização nos centros viticultores, nas vinhas e na estrada, tendo instaurado 45 processos de contra-ordenação e procedido à selagem de cerca de 325.000 litros de vinho.

O prazo para a legalização de vinhas termina a 31 de dezembro, pelo que hoje a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte solicitou aos viticultores da região que se encontrem em situação ilegal por terem plantado vinhas sem a respectiva autorização, para tratarem da sua legalização junto dos serviços.



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