Militares do exército estão a proceder à descontaminação geral do piso inferior da unidade de cuidados continuados de Moncorvo, para garantir melhores condições de trabalho aos profissionais que ali exercem funções, indicou hoje o provedor da misericórdia local.
"Os militares estão, atualmente, a proceder à descontaminação da cave e do piso zero da unidade de cuidados continuados, locais onde chegaram a permanecer utentes infetados", disse à Lusa Fernando Gil.
O responsável indicou que com esta operação, a unidade de cuidados continuados de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, passa a ficar com "uma zona limpa, onde os profissionais podem trabalhar mais à vontade".
"Depois de efetuado o processo de descontaminação, e com todas as garantidas de condições de segurança, os doentes ‘não positivos para a covid-19', poderão ser transferidos para estes dois espaços", frisou.
Para já, naquela unidade, encontram-se 12 utentes positivos para o coronavírus "que estão a ser cuidados por equipas de profissionais de saúde voluntários.
"Há pessoas em quarentena que poderão ser rastreadas nos próximos dias, para se poder, de novo avaliar o seu estado", referiu Fernando Gil.
Apesar de ainda haver doentes com covid-19, a situação está mais controlada, dado que há agora apoio médico, enfermagem e equipamentos, disse.
Do pessoal que normalmente trabalha na unidade de cuidados continuados, há o registo, ao dia de hoje, de quatro profissionais de saúde infetados [enfermeiros] e a que se juntam cinco auxiliares", contabilizou o provedor.
Os militares que procedem às operações de descontaminação da unidade de cuidados continuados de Torre de Moncorvo são provenientes do Regimento de Engenharia N.º1, com quartel no Polígamo Militar de Tancos, no distrito de Santarém.
O município de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, decidiu na quinta-feira, alargar o prolongamento do plano municipal de emergência de proteção civil até ao dia 01 de maio, mantendo-se as proibições anteriormente impostas.
"Mantém-se o entendimento de que os contactos entre pessoas, que constituem forte veículo de contágio e de propagação do vírus, bem como as suas deslocações, devem manter-se ao nível mínimo indispensável, sendo de realçar para as finalidades pretendidas a especial necessidade de confinamento que impende sobre os cidadãos", indicava à data, uma nota pública no sítio oficial do município na Internet, assinada pelo presidente, Nuno Gonçalves.