A Direcção-Geral de Energia e Geologia atribuiu hoje concessões de exploração e prospecção de ouro em Jales/Gralheira à firma canadiana Almada Mining, em consórcio com a portuguesa EDM.

A Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) atribuiu hoje concessões de exploração e prospecção de ouro em Jales/Gralheira (no concelho transmontano de Vila Pouca de Aguiar) à firma canadiana Almada Mining, em consórcio com a portuguesa EDM.

Segundo um comunicado da DGEG, a Almada Mining e a EDM ganharam um concurso para uma área de exploração experimental pelo período de três anos em Jales/Gralheira, e os direitos de prospecção e pesquisa numa outra área adjacente.

A DGEG estima que \\\"o investimento associado a este processo poderá atingir os 66 milhões de euros, prevendo-se na fase de exploração a criação de 100 postos de trabalho directos e 250 indirectos\\\".

O vice-director-geral da DGEG, Carlos Caxaria, dissera à Lusa que sete empresas tinham manifestado a intenção de apresentar hoje propostas pelas concessões de Jales/Gralheira.

A DGEG assinou também hoje outros quatro contratos de concessões de recursos minerais. A Almada Mining recebeu duas concessões para a exploração experimental e prospecção de ouro, prata e outros metais em Banjas (Aljustrel); a EDM obteve uma concessão para a prospecção em Monte das Mesas (Aljustrel); e a MAEPA ganhou uma concessão para prospecção de tungsténio, ouro e outros metais em Arcas (Valpaços/Chaves).

As minas de Jales, que fecharam em 1992, foram as últimas de onde se extraiu ouro em Portugal.

Com o fim da exploração muitos trabalhadores ficaram sem os seus empregos e as escombreiras, deixadas a céu aberto, revelaram ser prejudiciais à saúde pública. No entanto, o aumento do preço do ouro nos mercados internacionais poderá tornar novamente rentável a exploração.



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