Duas ambulâncias, dois veículos de combate e 16 operacionais dos bombeiros de Bragança acorreram ontem à Fundação Betânia após explosão na cozinha que causou dois feridos, um com gravidade.

 

O alarme foi dado ontem por volta das 14h30. “Houve uma explosão seguida de incêndio na copa, ao lado do refeitório, no rés do chão. A equipa deu o alarme, os mecanismos foram todos acionados, os procedimentos foram todos tidos em conta, apercebemo-nos de uma vítima inconsciente ao lado do refeitório, onde se deu a explosão, chamámos o 112 e vieram todos os mecanismos de apoio, nomeadamente os bombeiros e a polícia”, começou por explicar a diretora de serviços e vice-presidente da Fundação Betânia.

“Entretanto, já foi extinto o fogo, foram evacuadas todas as pessoas que estavam no interior do recinto para o ponto de encontro e temos duas vítimas. Um utente que foi vítima da inalação de fumos, que ficou desorientado, e temos um colaborador / trabalhador que teve de seguir para o hospital”, sublinhou Paula Pimentel.

No entanto, tudo não passou de uma simulação, com o intuito de testar o modus operandi da instituição a nível de protocolos de segurança em caso de emergência. “Nós, no início do ano, recebemos formação contra incêndios e temos de estar preparados para, numa eventualidade destas, respondermos com prontidão ao problema”, fez questão de frisar a responsável pela estrutura residencial para idosos, que conta, neste momento, com 68 utentes em regime interno, para além do Centro de Dia e do serviço que prestam de apoio domiciliário.  

Questionada sobre o balanço final do exercício, se correu bem ou se é um processo de aprendizagem, Paula Pimentel responde, categoricamente, que “é um processo de aprendizagem, pois serve para identificar falhas. Vamos, agora, ver o relatório final das autoridades competentes que hão-de identificar essas falhas para nós corrigirmos no futuro”.

Presente no local do simulacro, o Diário de Trás-os-Montes esteve, no final do exercício, à conversa com o segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança. “O que aconteceu aqui é o resultado de algumas ações que temos vindo a desenvolver, inclusive, aqui com a Fundação Betânia, que passou pela formação dos seus colaboradores em equipas de primeira intervenção em incêndios, bem como prestar alguns cuidados de primeiros socorros”, declarou Carlos Martins, visivelmente satisfeito com o decorrer de todo o exercício.  

“Estas ações foram finalizadas com este simulacro, pois é um edifício que tem os seus riscos e, por isso, preocupa-nos, apesar de, em termos de segurança, estar modernizado e ter os meios de segurança implementados. Mas não há dúvida que, a qualquer instante, pode acontecer um problema destes e convém estarmos treinados e preparados para que os danos sejam minorados, quer em termos de vidas, quer em termos materiais”, desenvolveu o homem no comando do teatro de operações.

Relativamente aos meios, estiveram no terreno duas ambulâncias, dois veículos de combate e um do comando, 16 operacionais e a PSP com dois agentes. “Simulámos uma explosão na cozinha da qual resultou um ferido, que foi vítima da explosão, devido à sua aproximação do local, e um intoxicado, um utente que ficou desorientado com o fumo”, resumiu o segundo comandante.

“Estes simulacros, ao contrário do que as pessoas pensam, não correm sempre bem. Estes exercícios são importantes para detetar falhas. Obviamente, agora vamos ter uma reunião com os responsáveis, fazer um briefing e apontar os aspetos positivos e os que correram menos bem para, assim, também tentarmos introduzir algumas melhorias que possam ser efetuadas. Mas, resumindo, correu bem. E, enquanto forem simulacros, correm sempre bem”, expressou Carlos Martins, ironizando.

 

GALERIA FOTOGRÁFICA: http://www.diariodetrasosmontes.com/fotogaleria/simulacro-bvb-na-fundaca...

 



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