Depois de ter estado em exibição na Torre do Tombo, em Lisboa, a capital do nordeste é a primeira cidade a acolher a exposição “Heranças, Vivências e Património Judaico em Portugal”.
Promovida pelo município brigantino e pela Rede de Judiarias de Portugal – Rotas de Sefarad, “Herança, Vivências e Património Judaico em Portugal” é o tema da exposição cuja inauguração aconteceu esta quarta-feira, dia 10 de maio, pelas 18 horas, no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira. A herança judaica, bem presente na cultura portuguesa e, em particular, no nordeste transmontano, conduziu a esta mostra que estará patente até 30 de junho.
“Esta exposição foi inaugurada pela primeira vez na Torre do Tombo, em Lisboa, com a presença do senhor presidente da República e é uma exposição que é para ser itinerante, por toda a Rede de Judiarias, e aqui é o primeiro lugar onde ela está e está aqui em primeiro lugar para coincidir com o Terras de Sefarad”, começou por explicar o curador da exposição e investigador da Cátedra de Estudos Sefarditas “Alberto Benveniste” da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. De acordo com Paulo Mendes Pinto, trata-se de uma “exposição histórica de todo o passado judaico, desde a antiguidade até à atualidade”.
Depois de patente na Torre do Tombo, a exposição propõe, agora, em Bragança uma viagem pela vivência dos sefarditas em território nacional, com o intuito de “apresentar, de forma isenta, a história destas comunidades e a sua importância para a identidade nacional”, de forma a divulgar a vivência dos sefarditas portugueses e a identidade judaica”. A exibição com entrada gratuita é apresentada em módulos, tendo todos eles um grupo de informação em português e em inglês.
“O primeiro município a receber esta exposição é Bragança por todo o empenho e pelo reconhecimento que a Rede de Judiarias tem pela Câmara de Bragança e por todo o trabalho que está a fazer”, aludiu o responsável nacional pelo projeto Rotas de Sefarad e representante da Rede de Judiarias de Portugal, Marco Baptista.
A inauguração da exposição foi antecedida por uma visita guiada ao Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano pela Cátedra e arquiteta Susana Milão e por uma visita dos arquitetos ao Memorial e Centro de Documentação – Bragança Sefardita, em obras ainda, mas que será inaugurado brevemente, passando a ter, depois, Bragança, dois espaços dedicados à história e memória da cultura judaica da região.
Paralelamente à inauguração da exposição, foi, também, apresentado “Terra(s) de Sefarad” – Encontros de Culturas Judaico-Sefardita, um evento internacional a decorrer em junho, de 15 a 18, em Bragança, seguindo-se um jantar Kosher no restaurante Geadas, confecionado pelo Rabino de Belmonte.