Os pequenos agricultores transmontanos que pretendam vender os seus produtos com uma marca que lhes garanta um preço acrescido, associado à produção em moldes tradicionais, já não precisam de recorrer as vulgares certificações de denominação de origem ou indicação geográfica, rótulos de qualidade muitas vezes burocraticamente complicados e morosos de obter.
Poderão fazê-lo de forma mais \"simples\", através de uma marca da Federação das Associações Agro-Florestais Transmontanas (Fagrorural), cedida por uma congénere alentejana \"Filhos da Tradição\".
O logótipo da marca, que constará dos rótulos, está carregado de simbolismo um guarda-jóias em forma de concha, com a expressão \"mundo rural\", jóia ameaçada pela agricultura industrializada.
Para poderem usar a marca, os agricultores transmontanos terão de obedecer a algumas regras. Devem seguir os moldes tradicionais de produção, não podem \"abusar\" na utilização de químicos e devem respeitar o ambiente. Têm, ainda, de ser \"produtores de porta aberta\", deixando os consumidores observar a produção \"in loco\". As explorações terão de vistoriadas por técnicos da Fagrorural.
A nova marca \"é uma saída para a agricultura familiar, que não vê reflectida nos preços dos produtos o que a diferencia da produção extensiva\", diz Armando Carvalho, presidente da Fragrorural.