Mantêm-se as queixas sobre a qualidade da distribuição de correspondência em várias aldeias do concelho de Bragança, onde as populações garantem que as cartas chegam muitas vezes tarde ou são entregues nos endereços errados.
O serviço foi reforçado com dois carteiros de Lamego, que se deslocam todos os dias para Bragança, \"mas, mesmo assim, há algumas falhas\", lamentou João Paulo, delegado do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (STCT).
A Câmara de Bragança já informou os CTT de que pode entregar os avisos de cobrança da água nas juntas de freguesias. Alberto Pais, presidente da Junta de Babe, contou que, há algumas semanas, perto de duas dezenas de cartas da Segurança Social, destinadas a pensionistas, foram entregues na sede da autarquia para evitar que fossem reenviadas ao remetente, porque o carteiro que faz o giro não encontrou os endereços.
Moradas antigas
\"A aldeia tem nome nas ruas e tem números nas casas, mas em alguns serviços ainda estão as moradas antigas, há situações em que as residências mantêm os números antigos\", justificou. Em Babe quando há entrega de correspondência na Junta, o autarca faz a distribuição no final da missa de domingo.
O sindicalista admitiu, ao Jornal de Notícias, que podem existir problemas em algumas localidades, o que explica pela falta de carteiros. Os Correios em Bragança têm 24 carteiros ao serviço, um número que João Paulo diz que não é baixo, mas que não é suficiente para suprir as situações de baixa médica. O serviço é muito porque o concelho tem 49 freguesias, algumas com localidades anexas, e um povoamento muito disperso. \"Tenho colegas que têm duplicação de giro, fazem mais do que um, é muito trabalho. Além disso, há aldeias que não têm nomes de ruas ou números na porta, outras têm mas há pouco tempo e nos serviços públicos não foi realizada a alteração de morada\", esclareceu.
Há casos em que os CTT estão a agenciar a distribuição a entidades privadas, o que já sucede na zona de Izeda, mas muitas vezes a aprovação desses contratos é morosa. \"Estavam três à espera, mas um já desistiu\", asseverou o delegado sindical.
O Jornal de Notícias tentou contactar a administração dos CTT, mas, até à hora de fecho da edição, não foi possível.