O município de Bragança tem um pacote de obras no valor de 37 milhões de euros com alguns atrasos e agravamento dos preços devido à falta de empreiteiros interessados ou abandono da empreitada, informou o presidente, Hernâni Dias.

“Tivemos uma obra, que está agora a iniciar, que tivemos de lançar três vezes [o concurso] porque não havia concorrentes, temos neste momento também obras que estavam adjudicadas e o próprio empreiteiro abandonou por razões que não são da nossa responsabilidade, mas que neste momento tivemos de fazer novos procedimentos para podermos adjudicar”, concretizou.

Em declarações à Lusa, o autarca reconheceu que esta realidade “tem vindo a encarecer as obras e os planos iniciais vão altera-se financeiramente, com agravamento, devido a esta situação”.

Os concursos públicos ficarem desertos é, como sublinhou, uma realidade comum a todo o país e “o próprio governo e as comissões de coordenação têm essa noção, daí ter havido já uma decisão no sentido de prorrogar o prazo de execução do Portugal 2020, tendo em conta todos estes constrangimentos”.

As obras em curso, em concurso ou a aguardar o visto do Tribunal de Contas, em Bragança, fazem parte do programa estratégico de desenvolvimento urbano.

O investimento global previsto de 37 milhões de euros engloba empreitadas como o Museu da Língua Portuguesa, as intervenções nas avenidas João da Cruz e Sá Carneiro, mas também em bairros e equipamentos ou recuperação de edifícios na zona histórica.

Dois dos edifícios que estavam a ser já intervencionados foram aqueles em que o empreiteiro abandonou a obra, o que obrigará a novo concurso para ali instalar os serviços das Finanças e habitação para casais jovens, como explicou o presidente da Câmara.

As situações relatadas pelo autarca têm vindo, como disse, “a encarecer as obras e os planos iniciais vão altera-se financeiramente com agravamento devido a esta situação”.

“Implica eventualmente um maior esforço financeiro da nossa parte, uma vez que obras que estavam adjudicadas por um determinado montante para que nós consigamos ter a possibilidade de ter concorrentes, obviamente que o preço tem de aumentar um bocadinho e aí obriga-nos a um esforço financeiro adicional”, indicou.

Hernâni Dias atribuiu esta escassez de mão-de-obra à “muita que saiu do território aquando da estagnação (da construção civil) e que agora não quer regressar por se encontrar numa situação estável”.

Foto: António Pereira



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