“Numa perspetiva de reforço da atratividade, de captação de visitantes, de dinamização da economia local e promoção do turismo”, a data das Cantarinhas foi alterada do tradicional dia 3 para o primeiro fim de semana de maio.
A secular Feira das Cantarinhas passa a realizar-se, já a partir deste ano, no primeiro fim de semana de maio. A decisão da Câmara Municipal e da Associação Comercial Industrial e Serviços de Bragança (ACISB) foi tomada na sequência dos resultados de uma sondagem, que teve lugar entre a população em geral e junto dos próprios feirantes e comerciantes, que votaram, maioritariamente, pela alteração da data de realização da Feira das Cantarinhas.
“Com esta mudança, pretendemos atrair mais pessoas a Bragança para a Feira das Cantarinhas que, quando se realizava a meio da semana, já não podiam vir. A partir de agora, e como vai decorrer sempre num fim de semana, os turistas e bragançanos que residam fora da região já podem organizar-se e vir à tradicional feira”, explicou o Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, durante uma conferência de imprensa de apresentação dos resultados da sondagem, acrescentando que “pretendemos, com isto, dinamizar a economia local, a cidade e o turismo, levando a que os comerciantes locais e os próprios feirantes vendam mais”.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Bragança, existem várias razões que concorrem para que esta alteração na data aconteça. “Primeiro, a dinamização económica, segundo, o facto de coincidir com o dia da feira que acontece semanalmente à sexta-feira e, terceiro, a capacidade que haverá na dinamização do setor tradicional, quer também na própria promoção do evento feito ao fim de semana que será, seguramente, melhor”.
Na opinião de Hernâni Dias, o facto da Feira das Cantarinhas decorrer durante o fim de semana, permitirá não só a presença dos bragançanos que residam fora da região como, também, de turistas portugueses e do outro lado da fronteira.
O ano de 2014 marcou o regresso da tradicional Feira das Cantarinhas ao “coração” de Bragança, após ter sido “transferida” durante mais de uma década para zonas mais recentes da cidade.
Questionado pelo Diário de Trás-os-Montes se esta seria uma decisão para manter nos próximos anos, o edil brigantino garantiu perentoriamente que sim. “É evidente que esta é uma decisão para manter. A não ser que, eventualmente, os resultados sejam absolutamente dececionantes e eu estou exatamente convencido do inverso”, assegurou Hernâni Dias, confiante de que “os resultados serão muito melhores e que toda a gente ficará satisfeita por estarmos a organizar a feira nesta altura”.
Um dos fatores que contribuiu para esta mudança foi a Câmara Municipal de Bragança (CMB) ter concluído que sempre que a Feira das Cantarinhas se realizava durante a semana, nomeadamente, de segunda a quinta-feira, o número de visitantes e munícipes era menor do que quando se realizava entre sexta e domingo. Nesse sentido, a autarquia decidiu promover uma sondagem de 2 a 15 de janeiro com o intuito de perceber a vontade dos brigantinos em geral e dos comerciantes em particular. Colocada a questão: “Acha que a Feira das Cantarinhas, em vez de se realizar nos dias 1, 2 e 3 de maio, passe a realizar-se sempre no primeiro fim de semana de maio (sexta, sábado e domingo)? Sim ou Não”, foram obtidas 1458 respostas, sendo que 61 por cento (%) respondeu que sim e 39% que não. De salientar, ainda, que na sondagem realizada junto dos feirantes e operadores do Mercado Municipal, 85% respondeu afirmativamente e, apenas, 15% respondeu que não.
Após ter auscultado feirantes, operadores do mercado municipal e os comerciantes do centro urbano, que se mostraram, na sua maioria, de acordo com a alteração da data, o município brigantino decidiu, assim, passar a Feira das Cantarinhas para a primeira sexta-feira, sábado e domingo de maio, alegando ser possível tornar esta celebração tradicional “mais atrativa, capaz de uma maior dinamização comercial e de captar um maior número de visitantes, simultaneamente, dinamizando a economia local e promovendo o turismo”.