A Feira do Folar de Valpaços ajuda há 20 anos os produtores tradicionais e industriais a concretizar negócios e gera uma receita direta de um milhão de euros, disse hoje o presidente da autarquia.

O certame realiza-se entre 23 e 25 de março, uma semana antes da Páscoa, época em que esta iguaria tem um lugar de destaque nas mesas dos transmontanos.

O presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, disse hoje, em conferência de imprensa, que a vigésima edição da feira representa o início da venda do folar certificado de Valpaços, depois da atribuição da Indicação Geográfica Protegida (IGP), em 2017.

Este ano será essencialmente o folar industrial que cumprirá o caderno de encargos da certificação, um processo que abarcará o folar tradicional no próximo ano.

"O folar é uma forma de alavancar a nossa economia e a certificação do folar abriu portas para muitos jovens meterem as mãos na massa", frisou.

Segundo o autarca, o volume de negócio no recinto da feira é de "cerca de um milhão de euros". À venda estarão cerca de 50 toneladas de folar e fumeiro.

A organização da feira representa um investimento de cerca de 120 mil euros para o município e o retorno é, segundo o autarca, "claramente superior".

O folar é uma iguaria que marca presença obrigatória em praticamente todos os lares transmontanos durante a celebração da Páscoa e é feita com ovos, farinha, azeite e várias carnes como presunto, salpicão, linguiça e carnes de porco.

Durante os três dias do certame são esperados cerca de cem mil visitantes, muitos deles provenientes da vizinha Galiza, do Minho, Grande Porto e, de acordo com Amílcar Almeida, há cada vez mais excursões do Sul do país.

Pelo recinto vão espalhar-se cerca de 100 expositores e à venda estarão folares de produção tradicional e industrial, produzidos pelas padarias ou em fornos de particulares, que aproveitam o certame para fazer algum rendimento extra.

A feira é também uma "oportunidade única para que muitos produtores arranjem clientela para vender o folar o ano inteiro e não apenas na época da Páscoa".

"Queremos que o folar chegue cada vez mais longe, [é] um trabalho que está a ser feito com quem faz o folar ao longo de todo o ano", frisou.

Segundo o autarca, uma das grandes aposta passa pela exportação do produto congelado.

O certame serve também para promover e potenciar outros "importantes produtos" deste concelho do distrito de Vila Real, como a castanha, azeite e vinho, setores que, segundo Amílcar Almeida, representam cerca de 50 milhões de euros por ano.

"Acreditamos que esta será a maior feira de sempre", sublinhou o autarca.
Foto: António Pereira



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