Trinta produtores de fumeiro participam na Feira Gastronómica do Porco, entre quinta-feira e domingo, em Boticas, evento que é um palco para os negócios e para a promoção do concelho, disse hoje o presidente do município.
XXVI Feira Gastronómica do Porco de 11a 14 de Janeiro 2024
Em Boticas inicia-se a ronda pelas feiras dedicadas à venda de fumeiro no distrito de Vila Real, seguindo-se Montalegre, entre os dias 18 e 21 de janeiro, em Chaves, de 02 a 04 de fevereiro, e São João da Corveira (Valpaços) nos dias 03 e 04 de fevereiro.
O presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, disse à agência Lusa que o certame é “o grande evento agrícola” do concelho e uma montra para os produtos do Barroso – Património Agrícola Mundial.
“É uma atividade que identifica o território e é um bom auxílio para o orçamento das famílias”, sublinhou, garantindo que a grande preocupação da organização é a qualidade dos produtos.
Segundo o autarca, na feira marcam presença 75 expositores, 30 dos quais que se dedicam à comercialização de fumeiro, como alheiras, chouriças ou salpicões, enquanto os restantes apostam em outros produtos como as compotas, chás, licores, carne barrosã e até o vinho dos mortos.
O nome do vinho deriva de um facto histórico ligado às invasões francesas, altura em que o povo, com medo de pilhagens, enterrou o vinho no chão das adegas, uma técnica que se continua a manter neste concelho.
O autarca referiu que a comercialização não se esgota na feira e lembrou que o município decidiu também reativar a plataforma de venda ‘online’ Boticas Tem, criada para ajudar a escoar o fumeiro durante o período da pandemia.
O certame, segundo Fernando Queiroga, movimenta todo o concelho, designadamente o comércio, restauração e hotelaria.
Numa altura em que a feira assinala 26 edições, o autarca salientou que o grande desafio é atrair mais gente nova para a atividade.
“Têm aparecido poucos, menos do que aqueles que eu julgava que pudessem aparecer”, admitiu.
Por isso, adiantou que o município está a trabalhar para atrair novos produtores, “nem que seja em completamento de uma outra atividade”, mostrando-se confiante que este é um problema que se “irá resolver garantidamente”.