A Feira do Porco de Boticas vai realizar-se entre 15 e 17 de janeiro, mas, devido à pandemia, a organização tem já várias soluções idealizadas e vai criar uma plataforma para venda ‘online’ de fumeiro, foi hoje anunciado.

“Temos o dever cívico e moral de ajudar esta gente, que tanto tem feito por esta terra, que continua a viver cá e a criar cá os seus filhos. Temos todos os cenários preparados desde a realização da feira presencial, que é objetivo principal, a feira ‘online’, até um ‘drive-in’ em último caso, para as pessoas escolherem o produto sem sair do carro”, adiantou à Lusa o presidente da Câmara de Boticas, no distrito de Vila Real, Fernando Queiroga.

Embora num formato diferente e dependente da evolução da pandemia de covid-19, a Feira Gastronómica do Porco de Boticas, distrito de Vila Real, já tem data marcada, para entre 15 e 17 de janeiro, e a organização está a elaborar um plano de contingência para ser aprovado pelas autoridades de saúde.

A Câmara de Boticas promoveu hoje mais uma reunião com os produtores do concelho e de Montalegre, no âmbito da organização desta feira de fumeiro.

A edição de 2021 do certame terá como novidade a criação de uma plataforma ‘online’ para a venda de fumeiro por parte dos produtores dos concelhos de Boticas e Montalegre que participam na feira.

Embora haja reticências pela adesão aos meios tecnológicos, Fernando Queiroga lembra que esta é “uma boa oportunidade” para o futuro.

“A Câmara e associação empresarial Mais Boticas irão fazer todo o trabalho. O produtor apenas tem de entregar o produto num determinado local e não tem preocupações com a embalagem, o acondicionamento, comissões de transferências bancárias, pois essas despesas são assumidas pela associação”, revelou.

E acrescentou que será garantida a qualidade dos produtos vendidos através desta plataforma, tal como é garantida na feira presencial.

Caso a pandemia de covid-19 permita a realização da feira presencial, o Pavilhão Multiúsos de Boticas irá ter uma organização diferente do habitual, com limitação de lotação, circuitos de circulação e menos ‘stands’ com a retirada das habituais ‘tasquinhas’ com os restaurantes locais e animação cultural e musical.

“A feira será realizada de forma a que não haja riscos para a saúde pública. No pavilhão haverá controlo da temperatura à entrada e medidas de higienização”, apontou.

O autarca explicou ainda que embora a restauração não esteja presente no local da feira, estes estarão preparados, com preços tabelados, para receber os visitantes em segurança nos seus locais.

Presente na reunião, Sebastião Fernandes, produtor de Atilhó, no concelho de Boticas, salientou que o mais importante é a realização da feira presencial, mas confessou que a criação de uma plataforma ‘online’ pode ser uma ajuda.

“Vamos ter a Câmara e a associação a ajudar, mas espero que a feira vá para a frente. Estou presente desde a criação e nunca aconteceu não se realizar”, lembrou.

A pandemia de covid-19 já levou os produtores a reduzir a quantidade de porcos a matar este ano. Sebastião Fernandes irá matar 15 brevemente.

Também a reduzir o número de porcos, de 20 no ano passado para oito este ano, Ana Maria Coutas está apreensiva.

A produtora de Nogueira, também do concelho de Boticas, espera acima de tudo que quer na feira, quer na plataforma ‘online’, consiga escoar o produto



PARTILHAR:

"Call center" para vigilância ativa no Douro Norte com apoio das câmaras

Campanha nacional quer alargar momentos de consumo de vinho do Porto