Um empresário português em Toronto, José Melo, aguarda o registo no Guinness da sua criação como o mais alto monumento autóctone canadiano do mundo, o «Inukshuk».
O “Inukshuk” é um monumento de pedras sobrepostas em forma de figura humana, originário da cultura esquimó, povo que no Canadá recebe a designação de “inuit”.
A peça candidata ao Guinness como o mais alto “Inukshuk” do mundo foi construída pela empresa de José Melo, a partir de granito extraído da pedreira da companhia, localizada na cidade de King, próximo de Toronto.
Em declarações à Agência Lusa, o empresário indicou que a peça tem “11,77 metros de altura e pesa 82 toneladas”, segundo as medições efectuadas pelo representante do Recordes do Mundo Guinness, durante a visita que fez na passada sexta-feira ao local onde está
instalado. A obra foi “já aceite pelo Guinness que está só à espera de documentos” para que seja registado, adiantou.
A construção do “Inushuk” pretendeu ser um “reconhecimento à arte e história dos povos aborígenes do Canadá e também chamar a atenção para os produtos em granito que, além de serem materiais duradouros, não prejudicam o ambiente”, justificou José Melo, confessando-se defensor da ecologia.
Natural da ilha açoriana de S. Miguel, José de Melo emigrou para o Canadá há 35 anos, tendo começado a trabalhar para uma companhia de jardinagem. Pouco tempo depois, conta, foi aconselhado a estabelecer-se por conta própria, o que fez, criando em 1972 a Allstone Quarry, empresa que se tornou no negócio da família.
Historicamente, o “Inukshuk” era edificado para servir de ponto de sinalização e guia nas viagens dos “inuit” pelo gélido Árctico. Hoje-em-dia, é um dos maiores símbolos do Canadá, sendo usado a nível oficial em homenagem à mais antiga cultura aborígene do país e é igualmente uma referência corrente de amizade.
Por exemplo, a organização dos Jogos Olímpicos de Vancouver de 2010 (edição de Inverno) adoptou como logotipo um “inukshuk”.