As festas de Mirandela em honra de Nossa Senhora do Amparo, no distrito de Bragança, contam com mudanças na organização e na localização, revelou a autarca local Júlia Rodrigues.
Este ano as responsabilidades ficam repartidas entre a câmara municipal, a Confraria Nossa Senhora do Amparo e a junta de freguesia de Mirandela, sendo o custo estimado na ordem dos 400 mil euros.
Como tradição, as festividades começam a 25 de julho e prolongam-se até 4 de agosto e a Confraria Nossa Senhora do Amparo costumava ser a principal organizadora, mas está neste momento como Comissão Administrativa, uma vez que não houve candidatos nas últimas eleições, e foi nessa condição que assegurou as festas do ano passado.
“Este ano a câmara municipal vai organizar uma parte significativa das festas. A Confraria vai ser responsável pelas questões religiosas. O município assumirá a parte lúdica, com os concertos, iluminação decorativa e fogo de artifício. E a junta de freguesia ficará com a limpeza urbana, segurança e terrados”, explicou Júlia Rodrigues, a presidente da câmara.
Os concertos e os bares que ficavam no Parque Dr. José Gama, conhecido como Zona Verde, mudam-se para as imediações do santuário, mas mantém-se o palco no Parque Império, na outra margem do rio Tua que atravessa a cidade, que abre as noites festivas.
“Quero destacar a situação da segurança. A Polícia de Segurança Pública fez no ano passado um relatório sobre a seguranças nas Festas de Nossa Senhora do Amparo o que nos levou a ponderar opções diferentes de localização, em particular na Noite dos Bombos e noite do fogo-de-artifício”, explicou Júlia Rodrigues, acrescentando que o novo espaço permite ter melhores condições de vigilância.
Este ano, a Noite dos Bombos, que junta milhares de tocadores, acontece a 02 de agosto e o espetáculo pirotécnico é no dia seguinte, com Júlia Rodrigues a prometer “algumas surpresas”.
A autarca enumerou ainda como motivos da alteração os constrangimentos à utilização da praia fluvial da Zona Verde, que perde a Bandeira Azul no período das festas, a higienização, a disponibilidade de área e os danos provocados na relva do parque da cidade, que acarretam avultados custos.
Na nova localização, a praça pavimentada na envolvente do santuário, que teve recentemente obras de requalificação, Júlia Rodrigues avançou que é estimado que caibam 10 mil pessoas.
“É sempre um risco mudar. Mas acreditamos que é importante experimentar este modelo”, considerou a presidente da câmara.
O programa das festas ainda não foi apresentado, o que costuma acontecer cerca de um mês antes do arranque. Júlia Rodrigues adiantou que foi lançado um concurso público para ‘rider’ técnico, palco e artistas.