A localidade de Rio de Onor recebe no fim de semana milhares de forasteiros para o festival que há três anos celebra as tradições desta aldeia histórica de Bragança dividida entre Portugal e Espanha.

Sem barreiras físicas a separá-las, mesmo quando existiam as fronteiras administrativas, Rio de Onor de Bragança e Rihonor de Castilla confundem-se com apenas um povoado que, apesar da diferença de nacionalidade e horário, partilham o quotidiano e rituais comuns.

A música é um dos elos e o que têm em comum nesta área marcará a abertura, na sexta-feira, do Festival D´ONOR, com músicas da raia a proporcionarem “uma viagem musical pela história da relação transfronteiriça entre os dois países ibéricos e a relação entre as suas canções”, segundo a organização.

O momento será protagonizado por dois dos músicos mais conceituados do folk a nível mundial, o espanhol Luiz António, do grupo La Musgana, e o português Paulo Meirinhos, dos Galandum Galundaina.

A iniciativa deste festival, com entrada gratuita, é da Associação Montes de Festa que, em parceria com os habitantes de Rio de Onor, prepara o programa de três dias, no qual não faltam outras tradições comuns, como os gaiteiros, e o símbolo desta aldeia raiana, que é o comunitarismo.

Na manhã de sábado, o festival reserva mais uma novidade ligada a esta particularidade da aldeia, com a recriação do mítico Conselho do Povo, onde os festivaleiros serão convidados a ajudar as gentes de Rio de Onor a limpar as margens do rio, que atravessa a localidade.

Em pleno Parque Natural de Montesinho, a manhã de sábado convida também a um passeio pedestre com a associação de caminheiros Enzonas e, durante a tarde, acontece a Ronda Cultural e das Adegas, entre momentos musicais, de convívio e lazer com os habitantes locais.

Ao longo dos três dias, até domingo, vários artistas portugueses e espanhóis atuarão no palco do festival com diferentes estilos musicais.

Entre as atividades programadas há também mais um passeio de automóveis antigos e desportivos com passagem pelo apiário onde terá sido avistado um urso há alguns meses.

O festival proporciona ainda oficinas gratuitas de gaita-de-fole e de danças tradicionais.

A peça de teatro ao ar livre “Histórias e Narrativas da Tradição Oral” encerra o programa, no domingo.

Trata-se de um trabalho da associação Fisga de Bragança e o momento pretende, segundo a organização, recordar “os tempos antigos e as companhias de teatro itinerantes que percorriam quilómetros, animando de aldeia em aldeia.

A aldeia de rio de Onor tem um parque de campismo onde os festivaleiros se podem instalar e não faltará a gastronomia típica para degustar durante todo o festival.

 

 

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