A edição deste ano do Festival Intercéltico de Sendim (FIS), em Miranda do Douro, a decorrer de 04 a 05 de agosto, aposta numa programação que expresse a realidade multicultural e intercultural da atualidade, conjugando tradição com expressões contemporâneas.

“Pretendemos colocar as músicas tradicionais ou de raiz em diálogo interativo com os sons do mundo e os estilos ou géneros da modernidade, refletindo deste modo a realidade multicultural e intercultural em que vivemos no mundo de hoje”, disse hoje à Lusa o diretor do FIS, Mário Correia.

O responsável pelo programa do Intercéltico de Sendim, em Miranda do Douro, no distrito de Bragança, adiantou que também se vão vai privilegiar as relações de proximidade cultural com as terras e as gentes leonesas e castelhanas, de Espanha, com as quais a Terra de Miranda tem um fundo histórico comum com longos séculos de partilha, devido à localização geográfica junto à fronteira.

No que respeita bandas convidadas pelo FIS, que tem já o seu cartaz fechado, o destaque vai para a presença dos polacos Beltaine (noite de 05 de agosto) no palco INATEL.

“Falar da folk polaca nos últimos 20 anos passa obrigatoriamente por aquela que é uma das suas melhores e mais aclamadas bandas, sobretudo graças ao ecletismo de uma proposta de ação e de intervenção musical oscilando entre a música tradicional e a música contemporânea”, explicou Mário Correia.

Da província espanhola de Léon marcarão presença os Sog (noite de 05 de agosto), uma formação consagrada à música de raiz, embora os seus membros fossem provenientes de diferentes estilos musicais (da música clássica ao jazz, do pop ao rock ou punk).

“O estilo musical do grupo foi amadurecendo e hoje afirmam-se como seguidores do folk céltico em diálogo permanente com o jazz, o rock e o reggae, plasmado sobretudo em composições próprias nas quais nunca deixam de estar bem presentes os ingredientes da música tradicional”, frisou Mário Correia.

Manuel Guimarães e Vítor marcarão presença na Casa da Cultura a 05 agosto 2023, com improvisações sobre temas transmontanos. Músicos 'da frente' de excelência da música improvisada, segundo a organização, vão abordar o mais genuíno repertório tradicional do cancioneiro transmontano.

Ao longo dos dois dias de duração do FIS atuarão igualmente Tom Hamilton (Inglaterra), Andrea Callad (País de Gales), Folk On Crest, de Salamanca (Espanha), Lugh Celta de Aragón (Espanha), Recanto e Trouxa Mouxa, ambos de Portugal.

 



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