Uma em cada quatro árvores europeias (23 por cento) está deteriorada ou morta, revela um estudo sobre as condições das florestas na Europa, que aponta a poluição atmosférica e as condições climáticas extremas como principal causa do fenómeno.

Segundo o relatório da ICP Forests, um programa de cooperação internacional das Nações Unidas para avaliação e monitorização dos efeitos da poluição nas florestas europeias, mais de 23 por cento das 135 mil árvores analisadas em 2004 estavam deterioradas.

A análise do ICP recai essencialmente sobre os sintomas das árvores, como por exemplo, a desfoliação (perda prematura de folhas ou agulhas), considerando os diferentes factores ambientais que o provocam.

Na rede europeia de árvores que o ICP Forests tem monitorizado ao longo das últimas duas décadas, verificou-se uma deterioração progressiva das copas das árvores nos primeiros anos, verificando-se uma recuperação a partir de meados da década de 90.

A onda de calor registada no Verão de 2003 terá contribuído para inverter esta tendência, já que nos últimos dois anos a desfoliação aumentou consistentemente, embora apresente algumas variações consoante as espécies e as regiões.

O relatório indica que as florestas, em particular as do Sul da Europa, estão cada vez mais ameaçadas pelas alterações climáticas e pela significativa perda de biodiversidade.

Mas os ecossistemas florestais enfrentam ainda outros perigos.

Entre estes, o documento destaca o aumento das concentrações de ozono ao nível do solo, causado pelo aumento do transporte de pessoas e bens por meios rodoviários e consequente intensificação das emissões de óxido de nitrogénio.



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