Estas duas experiências geográficas do autor, o Minho e Trás-os-Montes, têm eco na obra agora apresentada. O "Fluviais" está precisamente dividido em duas partes. Enquanto a primeira reúne uma série de contos típicos da região do Minho, na segunda as histórias narradas estão ligadas a tradições transmontanas. Embora, José Leon considere que "afinal, as diferenças entre transmontanos e minhotos não são muito grandes, principalmente ao nível das aldeias".

De facto, é no mundo rural que se desenrolam os contos compilados no Fluviais. Apesar dos personagens e das tradições de que fala o livro "já não existirem ou estarem em vias de extinção", explicou o autor, que se deparou com um dilema na hora de falar sobre a sua criação para as cerca de cinquenta pessoas que estiveram presentes na cerimónia de apresentação, que decorreu na Sala Nadir Afonso, na Câmara Munivipal de Chaves: "Não sei bem o que dizer. Se digo bem cai mal, se digo mal também não cai bem. Vou tentar dizer alguma coisa que seja interessante", decidiu, porém José Leon Machado.

Assim, revelou que a obra contém "muita fantasia, muito erotismo, e, resumindo, disse que é uma espécie de "ilha de amor no meio de um rio".

O escritor António Cabral, do Inatel, o responsável pela apresentação do livro, é da mesma opinião, defendendo que "o tema principal do livro é o amor". E para exemplificar falou um pouco sobre dois "interessantes" contos do livro. No entanto, António Cabral ocupou a maior parte do seu "tempo de antena" com uma teoria sobre a "interactividade" gerada pela literatura.

Por sua vez, o presidente da Câmara de Chaves, João Baptista, que já leu o livro, deixou uma mensagem de "apoio" à cultura , que "não tem lugar nem preço".



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