O incêndio que lavra há quatro dias em Bustelo, no concelho de Chaves, e que desde segunda-feira passou também para Espanha, está novamente em território português, adiantou hoje à Lusa o presidente da câmara.

O fogo, que esta manhã estava em fase de consolidação e rescaldo, continua ativo depois de, ao final da tarde, ter passado de Espanha novamente para Portugal, nomeadamente para as aldeias de Lamadarcos e Mairos, devido ao vento forte, explicou Nuno Vaz.

Contudo, o autarca explicou que, de momento, não há nenhum plano de evacuação dado não haver pessoas, nem casas em risco.

A principal preocupação continua a ser o vento intenso, assumiu.

Este incêndio começou pelas 14:45 de sexta-feira e foi dado como dominado durante a madrugada de sábado, mas nesse dia à tarde verificou-se uma reativação que ganhou grande dimensão devido ao vento forte e às altas temperaturas.

Posteriormente, na segunda-feira, as chamas passaram para território espanhol, onde ainda lavra.

De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 23:10, no terreno estavam 180 operacionais, auxiliados por 56 viaturas.

Portugal continental vai permanecer em situação de alerta até quinta-feira, devido ao risco de incêndio, anunciou hoje o ministro da Administração Interna.

José Luís Carneiro falava aos jornalistas na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras, após uma reunião por videoconferência com os ministros da Defesa Nacional, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde, do Ambiente e Ação Climática e da Agricultura e Alimentação para reavaliar a situação.

A situação de alerta, nível de resposta mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, está em vigor em Portugal continental desde as 00:00 de segunda-feira e até às 23:59 de hoje, tendo em conta que as temperaturas baixaram, depois de o país ter estado sete dias em situação de contingência.



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