Incêndios: Populares e bombeiros combatem reativação em São Cosme, Vila Real

 

Populares munidos de sachos, giestas e mangueiras de água juntaram-se aos bombeiros para combater um incêndio que se aproximou esta tarde de habitações da aldeia de São Cosme, em Vila Real, após uma reativação.

Mauro Silva trazia um sacho na mão e relatou momentos de aflição desde domingo à hora do almoço até esta tarde, devido ao incêndio que deflagrou na serra do Alvão, na zona da Samardã, e já queimou cerca de 4.000 hectares de mato e pinhal, no concelho de Vila Real.

“Também tive ajuda ontem [domingo] e temos que nos ajudar uns aos outros”, afirmou. Primeiro, o fogo lavrou perto da sua casa. Esta tarde é do outro lado da aldeia, tendo chegado perto de habitações.

Mauro Silva disse que os populares têm ajudado os bombeiros que estão posicionados na aldeia.

“O calor e os reacendimentos é que nos preocupam mais, o vento está forte”, apontou, salientando que há mais de “24 horas que não há descanso na localidade”.

Não houve danos em casas, mas em redor da aldeia ardeu quase tudo: mato, pinhal e também castanheiros.

Amândio Gomes, emigrante em férias na aldeia, ajudou a regar o quintal da primeira casa da localidade, na direção de Jorjais.

“Refrescar um bocadinho no caso de alguma faúlha que caia aqui. Vim ajudar, seja nosso ou não a gente tem que ajudar”, salientou, explicando que também vive do outro lado e veio auxiliar familiares que “moram no fundo da aldeia”.

É, referiu, “tentar fazer qualquer coisa”, mas, apontou, “contra este inferno não é fácil”.

“Complicado, sim, com estas alterações de vento constantes”, frisou.

Nesta aldeia, estão posicionados bombeiros provenientes da zona de Lisboa.

Segundo o `site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção (ANEPC), para o local estavam mobilizados, pelas 16:30, 497 operacionais e 143 viaturas e seis meios aéreos.

O alerta para o fogo foi dado às 07:00 de domingo, na serra do Alvão, zona da Samardã, e o vento forte e inconstante que se fez sentir empurrou-o em três frentes distintas, tendo atravessado a Estrada Nacional 2 (EN2) e a Autoestrada 24 (A24).

Incêndios: Frente em Vila Real continua a arder com intensidade

O incêndio que deflagrou domingo na Samardã, Vila Real, mantinha pelas 13:00 de hoje três frentes ativas, uma delas a arder com “bastante intensidade” e que apresenta “alguma preocupação”, segundo a Proteção Civil.

O comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Vila Real, Miguel Fonseca, disse, num ponto de situação feito pelas 13:00, que as outras “duas frentes, excetuando alguns pontos quentes, estão em consolidação”.

A frente que se encontra mais ativa, explicou, localiza-se na “cumeada da serra do Alvão”.

"Temos neste momento meios a trabalhar, estamos a posicionar meios, contamos já com os meios aéreos que estão a fazer esse apoio. Contamos efetivamente, durante as próximas horas, se tudo correr conforme está a ser planeado, conseguir, pelo menos, dominar essa frente”, frisou.

Durante a tarde perspetivam-se um aumento da temperatura e ventos fortes e com diferentes direções pelo que, segundo referiu, também as outras frentes (Vila Pouca de Aguiar e Mouçós) vão “apresentar algumas preocupações”.

“Vão exigir dos meios que estão no teatro de operações o empenho máximo”, frisou.

Desde o início da ocorrência, segundo o CODIS, registaram-se seis feridos ligeiros neste teatro de operações, cinco operacionais e um civil, devido a inalação de fumo e, um deles, uma queda.

O alerta para o fogo foi dado às 07:00 de domingo, na serra do Alvão, zona da Samardã, e o vento forte e inconstante que se fez sentir empurrou-o em três frentes distintas, tendo atravessado a Estrada Nacional 2 (EN2) e a Autoestrada 24 (A24).

“Neste momento estamos a reforçar em termos de meios aéreos. Para além dos cerca de 400 operacionais estamos a reforçar, temos mais um grupo de combate em trânsito. São os meios possíveis, tendo em conta a realidade e o facto de existirem outras ocorrências, não só no distrito, como na região Norte”, salientou.

Segundo o `site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção (ANEPC), para o local estavam mobilizados, pelas 13:30, 482 operacionais e 139 viaturas e nove meios aéreos.

O presidente da Câmara de Vila REal, Rui Santos, disse que este fogo já queimou cerca de 4.000 hectares, principalmente de mato, mas também de algum pinheiro.

No distrito de Vila Real, há um outro incêndio que está a queimar uma área de pinhal no concelho de Mesão Frio. O alerta para este fogo foi dado às 15:02 de domingos e o combate mobiliza 81 operacionais, 21 viaturas e dois meios aéreos.

Face às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um agravamento do risco de incêndio rural, o Governo determinou no sábado a declaração da situação de alerta no continente, que vigora entre as 00:00 de sábado e as 23:59 de terça-feira.

 

Fogo em Vila Real com uma frente que preocupa, meios aéreos acionados

O incêndio que deflagrou no domingo na Samardã, Vila Real,  mantém-se ativo, pelas 11:00, 440 operacionais e 130 viaturas e sete meios aéreos, entre os quais os dois aviões gregos que estão em Portugal ao abrigo do mecanismo de apoio europeu.

O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, disse que o dia de hoje vai ser de muito trabalho no incêndio que já queimou 4.000 hectares no concelho, mostrando-se preocupado com a possibilidade de surgirem reacendimentos.

“Temos três frentes de incêndio. A de Vila Pouca de Aguiar está em fase de consolidação, a frente para Mouçós também está em fase de consolidação. A evoluir favoravelmente, mas ainda sem estar em fase de consolidação, temos a frente do Alvão (serra)”, explicou pelas 11:00, num ponto de situação feito aos jornalistas no posto de comando, instalado na aldeia de Benagouro.

Rui Santos disse estar preocupado porque é “expectável que o vento, sobretudo a partir das 15:00, ganhe alguma intensidade” e porque “a temperatura também está a subir”.

“E estamos preocupados com a possibilidade de surgirem reacendimentos”, frisou Rui Santos, que apontou para, numa primeira avaliação, uma área ardida que ultrapassa os 4.000 hectares, principalmente de mato e de pinheiro de regeneração, devido a outros incêndios que afetaram este território em anos anteriores

Segundo o autarca, para o local estavam mobilizados, pelas 11:00, 440 operacionais e 130 viaturas e sete meios aéreos, entre os quais os dois aviões gregos que estão em Portugal ao abrigo do mecanismo de apoio europeu.

“Face ao que é expectável para a tarde mantemos um alerta e o alerta é para que as pessoas se continuem a proteger, não saiam de casa ou só saírem de casa só quando for absolutamente necessário, porque aquilo que vamos dando conta é que há pessoas que querem ver o incêndio e vêm complicar muito a vida a quem tem que fazer o combate”, referiu.

O alerta para o fogo foi dado às 07:00 de domingo, na serra do Alvão, zona da Samardã, e o vento forte e inconstante que se fez sentir empurrou-o em três frentes distintas, tendo atravessado a Estrada Nacional 2 (EN2) e a Autoestrada 24 (A24).



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