O Centro Trasmontano de São Paulo esteve lotado em seu primeiro evento folclórico de 2006. O evento, com as tradicionais iguarias da cozinha portuguesa, preparadas e servidas pela equipe do Guilherme Araújo, teve dois atrativos artísticos distintos.

O primeiro foi a Cia. Balalaika de Dança e Folclore da Rússia e o segundo foi do grupo anfitrião, o Rancho Folclórico Aldeias de Portugal, que é ligado ao Departamento Cultural do Trasmontano e é um dos principais e mais importantes ranchos que atuam em prol da cultura popular portuguesa no Brasil.

O Aldeias de Portugal segue contando com a coordenação do competente e imparcial Manuel Fernandes e segue mantendo uma formação que garante a base do rancho, apresentando músicas do Norte ao Sul de Portugal. Trata-se de um dos grupos mais aplaudidos pelo público luso-paulista.

Pela cultura russa, o Balalaika é um grupo recém formado, montado pela família Petrika, é coordenado pela Vera Maria, que conta (a exemplo de grupos portugueses), com famílias inteiras em sua formação, caso da própria Vera Maria Petrika, que conta com a filha (atualmente afastada por gravidez), com o filho Daniel e ainda o marido Nicolau Pasiczkni.

Ao todo o Balalaika conta com 25 componentes. Diferentemente do português, o grupo russo não tem músicos no palco. Sem o som ao vivo, as apresentações são mostradas a partir de CDs que dão a sonoridade musical. Algumas músicas foram criadas pelo grupo e outras vindas da Rússia. De um total de seis modas exibidas nesta noite, cinco músicas apresentadas são de criação do Balalaika. O grande público lusitano presente valorizou enormemente com efusivos aplausos, numa apresentação de cerca de trinta minutos.

Falta associativismo russo em São Paulo- Ao contrário da gigantesca comunidade portuguesa, a russa não tem associações no Brasil com representatividade que cultue suas raízes. “Temos igrejas onde os russos se encontram, esporadicamente em algum almoço ou jantar. O único restaurante russo em São Paulo é o Paris Moscou (na Indianápolis)”, falou ao Mundo Lusíada a Vera Petrika (e-mail: [email protected]).



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