Médicos do Grande Porto deslocaram-se, no passado fim-de-semana, de forma voluntária e gratuita, aos concelhos de Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta para fazer rastreios, diagnósticos e pequenas cirurgias.

O rastreio médico efectuado centrou-se na população sénior e jovem. Os clínicos analisaram centenas de casos nas áreas da dermatologia, ortopedia, cirurgia vascular, urologia e ginecologia.

As acções decorreram no Centro de Saúde e Lar da Terceira Idade de Mogadouro com o apoio do município local. Após o trabalho ali desenvolvido aqueles profissionais de saúde rumaram a Freixo de Espada à Cinta para verificar os resultados dos casos mais graves detectados numa acção semelhante que ali decorreu o ano passado.

As situações clínicas que deixaram os médicos mais preocupações estão ligadas às especialidades de dermatologia (cancro de pele) e ortopedia (artroses).

\" No início, a população mostrou receio em colaborar nesta acção, tendo sido necessário o empenhamento de alguma instituições públicas e do próprio pároco,\" observou António Massa, um dos médicos participantes na iniciativa e um dos seus mentores.

Segundo o clínico, um dos motivos que levou à deslocação desta equipa médica multidisciplinar a estes concelhos tem ver com a sua interioridade, situação que limita o acesso da população a algumas destas especialidades médicas. A acção poderá ser alargada a outros concelhos do país. Massa deixa uma sugestão: \" A Ordem dos Médicos poderia motivar a criação deste tipo de acção de forma gratuita.\"

Após o rastreio, os casos considerados de maior gravidade serão orientados para os hospitais.

Os casos de maior gravidade são lesões provocadas pelo sol e, também, o acne juvenil. \"Temos detectado bastantes casos de cancro de pele, situações que vamos resolvendo com a aplicação de azoto líquido que consegue minimizar os casos mais simples. Na população jovem, o acne é a patologia mais frequente. Foram detectados em Mogadouro cerca de 70 casos, e os jovens vão iniciar tratamento, \" explicou António Massa.

Segundo João Henriques, provedor da Misericórdia de Mogadouro, está acção é uma mais valia para os utentes destas instituições, já que são evitadas deslocações aos médicos especialistas\".



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