“Mascaradas, Ritos de Invierno en Zamora” é o nome da exposição patente no Centro Cultural Adriano Moreira até ao dia 28 de janeiro com 55 fotografias sobre as festas dos mascarados da província de Zamora.

 

Realizou-se esta sexta-feira no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira a cerimónia de abertura da exposição “Mascaradas, Ritos de Invierno en Zamora”. Trata-se de uma produção da Diputación de Zamora sobre o projeto fotográfico e documental de “Mas Tesón”, integrado pelo fotógrafo Miguel Ángel Sánchez e pela jornalista Nuria Tesón.

A exposição, inaugurada em Bragança a 9 de dezembro, pelas 18 horas, conta com a colaboração do município brigantino, tendo já percorrido várias povos zamoranos ao longo do último ano. Depois da capital do nordeste, a Diputación espera levar este registo fotográfico a cidades como Porto e Lisboa, estando já marcado, para junho de 2017, a ida desta exposição, agora, em Bragança, ao Instituto Cervantes em Roma, Itália. A mostra é constituída por 55 fotografias sobre as festas dos mascarados da província de Zamora, que conta com cerca de 20 povoações onde, tal como acontece em Portugal, este tipo de festividades tem sido preservada e valorizada.

“Acolhemos esta exposição pela semelhança que temos ao nível desta tradição que são as máscaras com Zamora e, também, pela relação que existe entre as duas cidades com vários projetos em conjunto”, começou por declarar aos jornalistas a vereadora da cultura da Câmara Municipal de Bragança. Mas Cristina Figueiredo conta-nos como esta iniciativa surgiu. “Eu tive conhecimento desta exposição aquando da participação dos nossos grupos de caretos no Festival da Máscara em Zamora no mês de outubro, em que nós participamos todos os anos, e falaram-nos desta exposição. Daí surgiu o convite”, revelou a responsável, acrescentando que “faz todo o sentido neste ciclo das festas de inverno”.

Na cerimónia de inauguração da exposição, quem marcou presença, também, foi o vice-presidente da Diputación Provincial de Zamora. “Esta exposição é uma mostra muito interessante das mascaradas que temos na província de Zamora que são muitas e variadas e têm uma caraterística muito especial, pois foram retiradas do seu contexto”, começou por declarar José Luís Prieto Calderón. “São fotografias de estúdio das principais personagens e de cenas relacionadas com representações que acontecem não só durante o inverno, mas, também, no carnaval e na época do verão e retratam bem uma parte extremamente importante da cultura zamorana que é muita semelhante com a cultura de Trás-os-Montes”, concluiu o dirigente espanhol e deputado do Turismo, reiterando a vontade de tentar que "as mascaradas da raia" sejam declaradas Património Cultural e Imaterial pela UNESCO. 

O grande ausente foi mesmo o autor das fotografias, Miguel Angel Sánchez. Um fotógrafo de renome e prestígio internacional que, de momento, se encontra na Síria, onde está em trabalho.

 


Galeria de Fotos


PARTILHAR:

Casa do Douro começou a pagar salários em atraso

Paris recorda hoje 100 anos de presença portuguesa em França