Freixo de Espada à Cinta foi distinguido com o prémio “Autarquia do Ano 2022”, na categoria de "Cultura e Património", com a apresentação de um projeto intitulado "Seda de Freixo de Espada à Cinta", foi hoje divulgado.
“A seda de Freixo de Espada à Cinta está intrinsecamente ligada à história deste território e deste povo. Foi, a par da agricultura, o sustento de grande parte da população do concelho. Uma tradição, uma arte, passada de geração em geração, que chegou aos nossos dias”, indica a autarquia de Freixo de Espada à Cinta, na mesma nota divulga da sua página oficial da rede social Facebook.
Segundo a autarquia presidida pelo socialista Nuno Ferreira, “não se pode deixar cair em desuso esta tradição tão local e este prémio é mais uma prova, mais um passo percorrido neste caminho de dar à seda de Freixo de Espada à Cinta o valor e o destaque que merece”.
“Freixo de Espada à Cinta pode orgulhar-se de ser o depositário de uma arte tradicional inédita no país, e praticamente única na Europa: a criação do bicho-da-seda e a sua extração por processos ancestrais e artesanais”, vinca.
De acordo com a mesmo comunicado hoje divulgado, “todo este saber fazer singular é motivo suficiente para convencer o júri do Prémio Autarquia do Ano 2022 a atribuir este galardão a Freixo de Espada à Cinta”
Isto “vem provar que temos as condições e agora resta continuar a trabalhar no sentido de potenciar todas estas mais-valias únicas”, acrescentou.
O Prémio Autarquia do Ano é promovido pelo “Lisbon Awards Group” em parceria com o jornal Eco e foi criado com o objetivo de homenagear os municípios e freguesias que se destacam, nas mais variadas áreas, pelas suas práticas de interesse público.
A cerimónia de entrega de prémios terá lugar a 08 de junho, em Lisboa.
Há mais de 30 anos que o concelho de Freixo de Espada à Cinta promove a produção de seda pelo método artesanal, dando formação de tecedeiras e incrementando a criação do bicho-da-seda.
A vila de Freixo de Espada à Cinta tem um museu onde está exposto todo o ciclo da seda, desde o casulo à peça final e onde trabalham ao vivo as "herdeiras" das antigas tecedeiras locais.
Fotografia: António Pereira (Museu da Seda)