A Câmara de Bragança tem para este ano cerca de 43 milhões de euros, uma redução de três milhões em relação a 2021 justificada com menos fundos comunitários devido aos projetos já executados.

As opções e orçamento para 2022 tiveram a aprovação garantida nos órgãos municipais (câmara e assembleia) pela maioria social-democrata, no poder há 24 anos, e que nas últimas eleições Autárquicas fez o pleno, com a vitória em todas as freguesias.

O presidente da câmara, Hernâni Dias, destaca nos investimentos previstos para este ano os 13 milhões de euros da Estratégia Local de Habitação para criar condições para famílias carenciadas, assim como os apoios sociais e nas áreas da educação, saúde, desporto e cultura.

Depois de algumas empreitadas já executadas ou em fase de conclusão, a reabilitação urbana continua a destacar-se também nas opções municipais, nomeadamente a construção do Museu da Língua Portuguesa.

Nesta aérea, o autarca salienta ainda a pretensão de criar Áreas de Reabilitação Urbana em todo o concelho, com apoios específicos a projetos tanto na cidade como no meio rural.

O maior partido da oposição, o PS, votou contra o plano apresentado porque “este orçamento não vai ao encontro da visão” que tem para o concelho, segundo o eleito Luís Pires, na Assembleia Municipal.

O socialista questionou “o que é que mudou na estrutura produtiva, no concelho, nos últimos anos” em que o atual presidente da câmara participou das decisões, primeiro como vice-presidente e agora como chefe do executivo a iniciar o terceiro mandato.

O PS considera que têm sido mandatos de “utilização de fundos essencialmente para a concretização de obras mal concebidas” e aponta exemplos, desde o mercado municipal, ao shopping, Praça Camões, Av. do Sabor e mais recentemente a circular de Bragança.

“Não seria o momento de parar para pensar?”, questionou o eleito socialista, adiantando que o partido estará disponível “para ajudar” naquilo que a gestão social-democrata considere necessário.

Por que não se reveem naquilo que foi apresentado para o concelho de Bragança neste ano de 2022, os socialistas votaram contra, alegando não poder “dizer que sim a algo que vai sustentar políticas” que não protagonizam.

O município de Bragança continua, em 2022, a cobrar a taxa mínima de 0,3% de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e a não devolver qualquer percentagem dos 5% a que tem direito do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) cobrado no concelho.



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