O Supremo Tribunal condenou o Desportivo de Chaves ao pagamento de uma pensão vitalícia ao antigo jogador Sérgio Jorge. Os responsáveis do clube têm apenas 30 dias para efectuarem uma caução bancária de 483 mil euros como garantia do pagamento.
O ano de 2010 tem sido de grandes contrastes na vida do Grupo Desportivo de Chaves. Para a história vai ficar o facto de se ter apurado para as meias-finais da Taça de Portugal. Em 45 presenças na prova, os flavienses nunca tinham chegado tão longe.
Mas, se na Taça se fez história, no Campeonato da Liga Vitalis, as coisas não estão a correr da melhor forma. Depois de terem chegado a estar apenas a quatro pontos dos lugares da subida de divisão, em 2010, o Chaves ainda não conheceu o sabor do triunfo. Quatro derrotas consecutivas em outros tantos jogos deixaram a equipa a quatro pontos da linha de água. Agora, é financeiramente que as coisas se estão a complicar, se bem que nesta área há muito que o Clube não anda bem. Ao que o Semanário TRANSMONTANO sabe, a direcção foi notificada pelo Supremo Tribunal para entregar uma caução bancária de 483 mil euros, para garantir o pagamento de uma pensão vitalícia ao antigo jogador Sérgio Jorge. O clube tem apenas trinta dias para reunir o dinheiro. O processo em causa remonta à época de 2002/2003, altura em que o presidente da colectividade era Castanheira Gonçalves. Sérgio Jorge foi emprestado ao Desportivo de Chaves, pelo Vitória de Setúbal, mas uma grave lesão pÎs fim à sua carreira. Ao que tudo indica, o jogador já tinha a lesão quando foi cedido, a título de empréstimo aos flavienses, aliás, o caso levantou uma disputa judicial entre os flavienses e os sadinos, sobre quem teria de assumir as responsabilidades. No tribunal da primeira instância, o Desportivo de Chaves ganhou, mas o caso chegou ao Supremo, e o Desportivo de Chaves acabou por ser condenado.
O presidente do clube, Luís Mário Carneiro, confrontado pelo Semanário TRANSMONTANO, não se quis prenunciar sobre o assunto. Certo que as finanças do clube ficam seriamente afectadas, pois o Desportivo de Chaves continua a viver uma crise financeira, onde o dinheiro é escasso até para a sua sobrevivência.