Os funcionários de distribuição dos correios de Vila Real queixam-se de sobrecarga de trabalho, de que há horas extra por pagar e férias ainda para gozar. Por isso, há uma semana que trabalham apenas as horas de serviço previstas no contrato de trabalho. A correspondência deverá sofrer atrasos.

o serviço de distribuição dos correios, um terço das vagas não estão ocupadas, o que quer dizer que, dos 30 giros, um terço não tem funcionário. Num total de 27 vagas, sete estão por preencher", denuncia Carlos Alves, dirigente do Sindicato Nacional dos Correios.
Há algum tempo que os funcionários da distribuição não têm podido gozar as suas férias, devido a "sobrecarga de trabalho", pelo facto das vagas deixadas livres por aposentações ou problemas de saúde não terem sido substituídas. "Se todos os funcionários resolvessem tirar agora as férias que lhes falta tirar, o serviço ficaria sem qualquer funcionário", afirma o dirigente sindical.
Além da "duplicação de trabalho", os trabalhadores queixam-se que não lhes estão a ser pagas as horas extraordinárias, uma situação que, segundo Carlos Alves, "se arrasta há algum tempo".

Tudo isto "gerou uma onda de protestos" dentro do serviço de distribuição. E, para que a situação seja alterada, desde a semana passada que os funcionários se limitam a realizar o número de horas de trabalho estabelecidas no contrato que têm com a empresa "Correios de Portugal SA".
Com esta greve às horas extraordinárias, alerta Carlos Alves, "irá haver atrasos na entrega e envio das correspondências". Este atraso será mais visível no correio prio-ritário. Além disso, salienta o sindicalista, nesta altura também se irá notar a "falta de qualidade" do serviço.

No entanto, o gabinete de imprensa da empresa Correios de Portugal SA refere que as contestações dos funcionários da delegação de Vila Real "não têm razão de ser". Segundo um responsável do referido gabinete, "as horas extraordinárias têm sido pagas sempre que foram efectuadas". Quanto às férias, "são um direito do trabalhador e não podemos impedir que ele as usufrua", afirmou o mesmo responsável. A empresa esclarece ainda que "o número de funcionários na distribuição de Vila Real é suficiente", já que "nos últimos anos o tráfego postal diminuiu consideravelmente". Por isso, o facto de haver vagas por preencher "não constitui uma sobrecarga de trabalho para os actuais funcionários", conclui o responsável.



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