Roupa e calçado aprendido ao longo dos últimos sete anos pela GNR em ações de fiscalização, nomeadamente, em feiras, foram doados hoje a dez instituições de solidariedade social do distrito.

 

Mais de 2 mil peças de roupa e, sensivelmente, 700 pares de calçado, foram hoje doadas pelo Comando Territorial de Bragança da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Na cerimónia de entrega, que aconteceu esta manhã, pelas 10h30, no quartel do Comando, as dez instituições de solidariedade social do distrito marcaram presença para cada uma levar parte das 2740 peças que irão ser distribuídas pelos seus utentes.

Os artigos a distribuir fazem parte de diversas mercadoras apreendidas no decorrer da atividade operacional da GNR nos últimos sete anos, mais precisamente, em ações de fiscalização que ocorreram em feiras da região.

Por decisão judicial, os artigos apreendidos foram declarados perdidos a favor do Estado e a GNR decidiu, então, beneficiar algumas instituições de cariz social.

“Tratam-se, essencialmente, de artigos de vestuário e calçado contrafeitos, apreendidos em atos de fiscalização nas feiras”, começou por declarar o oficial de Comunicação e Relações Públicas do Comando Territorial de Bragança.

De acordo com o major Paulo Azevedo, “a decisão do tribunal foi que esses artigos fossem perdidos a favor do estado e, perante isso, nós fizemos uma divulgação para podermos entregar esses artigos a certas instituições de caridade”.

O Diário de Trás-os-Montes esteve à conversa com o diretor do Estabelecimento Prisional de Bragança, que confessou a importância deste tipo de iniciativas. “Esta roupa e este calçado é, exclusivamente, para os presos e há muitos a quem estes artigos fazem muita falta”, adiantou Mário Torrão, que está à frente de uma unidade regional com lotação para 75 reclusos e que tem, de momento, 91 homens encarcerados.

Também o secretário da Delegação de Bragança da Cruz Vermelha Portuguesa é da opinião que estas ações deviam decorrer mais frequentemente. “Estas iniciativas ajudam-nos a dar resposta àquilo que nos é solicitado pelos agregados familiares cuja situação sócio económica não é das melhores”, afirmou Arnaldo Janne, sublinhando que, “a par dos produtos alimentares, o vestuário também se revela muito importante no que diz respeito a facilitar a vida a estas famílias carenciadas”.

Apesar de todo o material entregue hoje, a GNR guarda, ainda, muito mais stock em armazém, estando, também ele, à espera de uma decisão judicial. Na segunda entrega do género, sendo que a primeira foi exclusivamente de calçado, o mais certo é que, de futuro, outras possam vir a suceder-lhe.

 


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