A criminalidade no distrito de Vila Real aumentou 7% em 2017, na área de intervenção da GNR, devido sobretudo às ocorrências de incêndios, disse hoje o comandante distrital.

O coronel António Leal, que falava durante o Dia da Unidade do comando de Vila Real, referiu que, no ano passado, foram registados 4.245 crimes, o que representa um acréscimo de 7% relativamente a 2016.

Este aumento, frisou, deveu-se, sobretudo, à ocorrência de incêndios.

No que diz respeito à defesa da floresta contra incêndios foram elaborados 1.248 autos por ilícitos criminais e 300 contraordenacionais, identificados 126 indivíduos e efetivadas duas detenções.

Segundo António Leal, já no primeiro semestre deste ano, o número de ocorrências de incêndios "diminuiu significativamente", o que, na sua opinião, reflete a "eficácia das medidas de prevenção e de combate que têm sido realizadas".

Quanto aos crimes contra as pessoas e contra o património houve uma "redução de 6%", pelo que, o comandante concluiu que o "distrito de Vila Real é um território mais seguro".

Relativamente à investigação criminal, as equipas da GNR elaboraram 87 inquéritos e detiverem 61 indivíduos pela prática dos mais variados crimes investigados.

A GNR deteve 34 pessoas por tráfico de droga e apreendeu 763 plantas de canábis, entre outras substâncias estupefacientes.

Para António Leal, a violência doméstica continua a ser uma das "grandes preocupações" desta unidade. Em 2017, foram registados 330 crimes e efetuadas seis detenções.

A GNR realizou ainda 865 ações de sensibilização, em sala e em patrulha, tendo chegado a mais de 29.000 pessoas, com especial incidência nas crianças e em idosos.

Segundo o comandante, no âmbito da segurança rodoviária, em 2017, foram fiscalizados cerca de 50 mil condutores e levantados 13 mil autos de contraordenação.

Destes condutores, 644 conduziam sob a influência de álcool e 72 sem habilitação legal para conduzir.

No ano passado foram registados 1.704 acidentes, de que resultaram 538 feridos leves, 29 feridos graves e 15 vítimas mortais, o que representa um aumento em todos os indicadores, com exceção do número de feridos graves.

"De facto, este fenómeno constitui-se como o maior problema de segurança pública, de criminalidade e de morbilidade no distrito, sendo a pior causa de morte violenta", frisou.

Em colaboração com o Ministério da Saúde, foram efetuadas 12 missões de transporte urgente de produtos biológicos, para transplante de órgãos humanos, que permitiram ajudar a salvar 12 vidas em situações de elevado risco.

O comando de Vila Real conta com um efetivo de 654 militares e 66 funcionários civis, distribuídos por quatro destacamentos, 21 postos, em 14 concelhos e numa área que corresponde a 98% do território do distrito.



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