O Fundo Ambiental vai financiar com 7,3 milhões de euros a reconstrução de muro e reabertura do troço da Avenida do Douro, na Régua, que está fechado desde março, segundo resolução aprovada hoje em Conselho de Ministros.
Uma derrocada do muro de suporte, junto ao rio Douro, levou ao corte a 05 de março de um troço da Avenida do Douro, a principal via de ligação do Peso da Régua a Mesão Frio e, depois, à Autoestrada 4 (A4), em Amarante.
A resolução do Conselho de Ministros, aprovada hoje, autoriza o Fundo Ambiental a realizar a despesa e a assumir os respetivos encargos plurianuais, no montante máximo de 7,3 milhões de euros, para os anos de 2024 e 2025, período previsível para o projeto de reconstrução de um troço de aproximadamente 15 metros do muro que se estende ao longo da Avenida do Douro.
“ O muro, construído há 30 anos para suportar a Avenida do Douro, caiu pela ação da variação do nível da água e pela erosão do tempo, tornando intransitável uma importante via de ligação à Régua e a Mesão Frio”, pode ainda ler-se na resolução.
Na semana passada, em declarações à Lusa a propósito da Avenida do Douro, o presidente da Câmara da Régua, José Manuel Gonçalves, disse que após a autorização do Governo, concedida hoje, serão desencadeados “os procedimentos e os mecanismos de contratação pública para se avançar com a reposição do muro”.
“Mantendo a preocupação que temos e que foi sempre identificada que é a de, o mais rapidamente, se fazerem intervenções que consolidem os taludes que têm ligação direta com as casas e também que se faça uma zona de proteção entre o leito e o muro”, referiu na altura o autarca.
Segundo José Manuel Gonçalves, a avaliação às causas da derrocada foi feita por diferentes entidades, públicas (Agência Portuguesa do Ambiente) e privadas, e concluiu que teve a ver com a erosão da margem e a cedência da base do muro que provocou o deslizamento.
É no troço em causa que o rio Douro mais se aproxima da via.
José Manuel Gonçalves apontou “grandes transtornos” que este corte de via tem causado na Régua, a nível de acessibilidades, mas também económicas, nomeadamente nas empresas que operam que se queixam de um “agravamento de custos”.
A via foi construída há cerca de 30 anos e está assente em aterro e tem, no troço em causa, habitações próximas.
Devido à derrocada, o município procedeu ao corte de trânsito nos dois sentidos da Avenida do Douro, entre a Rotunda do Marquês e o entroncamento com a Rua Augusto Vieira, num troço da EN 108.
Esta rua estreita serve agora como alternativa para os veículos ligeiros, enquanto os pesados estão a ser desviados, nomeadamente para as autoestradas A24 e A4.