O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, anunciou hoje em Bragança um investimento de 1.400 milhões de euros para concluir nos próximos seis anos as principais estradas de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Segundo a Agência Lusa, o ministro assegurou que, até 2012, estarão concluídas rodovias reclamadas há décadas como a auto-estrada A4 entre Amarante e Quintanilha (Bragança), IP2, IC5, IC 24 e IP3 (estes dois últimos no distrito de Vila Real).

Segundo Mário Lino, o investimento anunciado vai permitir construir mais cerca de 270 quilómetros de itinerários principais, complementares e auto-estradas, a juntar aos actuais 220 quilómetros existentes na região.

«Permitirá completar até 2012 a parte do Plano Rodoviário Nacional que está prevista para esta zona», afirmou à entrada para uma reunião com autarcas transmontanos para apresentação do plano das estradas e respectiva calendarização.

«Não viemos apresentar aqui intenções. Viemos apresentar um programa, um conjunto de investimentos, com a definição dos traçados das principais vias estruturantes», reforçou.

Segundo o ministro, esta região tem também um papel importante no que diz respeito às relações com Espanha, pelo que há que «ter uma perspectiva ibérica e europeia do desenvolvimento das estruturas de transportes».

Nesse sentido, Mário Lino anunciou que o Ministério das Obras Públicas vai apresentar em breve a primeira versão de um plano estratégico de transporte aéreo onde o Aeródromo Municipal de Bragança terá um papel.

A ideia é criar nesta região um plano modal de vias de comunicação com ligação aérea e com ligações estruturantes rodoviárias que permitirão fazer a conexão ao TGV em Espanha, em Puebla de Sanábria, para onde está prevista uma estação do comboio de alta velocidade.

O ministro anunciou também, dentro dos mesmos prazos, uma ligação rodoviária entre Bragança e Puebla de Sanábria, prevista há vários anos, mas que tem esbarrado em obstáculos ambientais por atravessar o Parque Natural de Montesinho.

«Tudo isto permitirá que esta região fique dotada de uma capacidade de transporte de passageiros e mercadorias incomparavelmente maior do que a que hoje temos», concluiu.



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