O Governo determinou hoje a suspensão parcial dos planos diretores municipais (PDM) de Ribeira de Pena, Boticas, Cabeceiras de Basto, Chaves e Vila Pouca de Aguiar, municípios abrangidos pela construção das três barragens do Alto Tâmega.

A resolução foi aprovada hoje, em conselho de ministros, e vem prorrogar uma determinação que já existe desde junho de 2014, ano em que começaram as obras de construção do Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), concessionado à espanhola Iberdrola.

Além da suspensão do PDM, segundo o comunicado do conselho de ministros, são também estabelecidas “medidas preventivas que visam prevenir alterações na ocupação, uso e transformação de solos, bem como a emissão de licenças, de autorizações ou de procedimentos de comunicação prévia que possam comprometer ou tornar mais difícil ou onerosa a construção do referido sistema eletroprodutor”.

Como exemplo, esta resolução impede construções em áreas atingidas pelas futuras albufeiras das barragens.

O documento refere ainda que “não são, porém, proibidas, na área abrangida, atividades agrícolas e florestais inerentes ao solo rural”.

O Sistema Eletroprodutor do Tâmega é um dos maiores projetos hidroelétricos realizados na Europa nos últimos 25 anos, contemplando a construção de três barragens (Daivões, Gouvães e Alto Tâmega) e um investimento de 1.500 milhões de euros.

O complexo contará com uma potência instalada de 1.158 megawatts (MW), alcançando uma produção anual de 1.760 gigawatts hora (GWh), ou seja, 6% do consumo elétrico do país.

Em março de 2019 estavam concluídos 45% dos trabalhos e a Iberdrola aponta 2022 como o ano da conclusão do empreendimento.

A construção deste complexo hidroelétrico faz parte do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico.



PARTILHAR:

VII Mostra de Artes - Implicarte

José Jorge Letria recebe prémio Guerra Junqueiro