Na primeira etapa, entre Leiria e Viseu, Mario Traversoni, da LA Pecol, segurou a camisola amarela e assumiu-se como um dos principais candidatos à vitória final. No segundo dia, uma ligação entre Mangualde e Vila Real, com 175,9 Km de extensão, foi a vez de Vidal Fitas, da Porta da Ravessa, ser o mais rápido e arrebatar a amarela que não mais largou até ao final da prova.

Vidal Fitas, o habitual "aguadeiro" (o ciclista que trabalha em prol dos companheiros de equipa) da equipa da Porta da Ravessa, demonstrou encontrar-se num grande momento de forma e encetou uma fuga espectacular, chegando a Vila Real isolado, com menos 26 segundos que o segundo classificado. Uma vitória ainda mais saborosa tendo em conta a dureza da etapa e a "luta" dada pela equipa do Barbot-Torrié, que procurou "meter" muitos homens na frente da corrida.

A 12 quilómetros da meta, Vidal Feitas, que revelou uma impressionante frescura física depois de ter cumprido um percurso cheio de exigências, "destroçou" do pelotão e conseguiu ganhar vantagem de imediato, fazendo os últimos quilómetros sozinho e cortando a meta em primeiro lugar de uma forma muito merecida. Foi um triunfo comemorado de forma efusiva pelo ciclista da Porta da Ravessa, normalmente relegado para a ajuda aos colegas de equipa e poucas vezes tendo hipótese de lutar pelas vitórias.

No terceiro dia de prova, uma ligação entre Vila Real e Chaves, com 154,3 km de extensão, o italiano Mario Traversoni voltou a assumir o protagonismo, dando a entender querer disputar até ao final este Grande Prémio Philips. No entanto, esta acabou por ser a etapa mais calma da prova, com a equipa da Porta da Ravessa a controlar o andamento do pelotão e a anular de imediato qualquer tentativa de fuga, por forma a impedir que a camisola amarela de Vidal Fitas pudesse ser ameaçada.

A chegada a Chaves e a consequente vitória na etapa, acabou por ser disputada ao "sprint", depois de os ciclistas da LA Pecol "trabalharem" para Traversoni nos últimos dez quilómetros. O italiano não se fez rogado e mostrou-se mais forte que os homens da Porta da Ravessa, acabando por cortar a meta na primeira posição. Vidal Fitas viu a sua vantagem sobre o seu colega de equipa, Joaquim Sampaio, ser reduzida de 30 para 22 segundos, o que trazia maior emoção para o que restava do trofeu.

Para o quarto dia de prova estava reservada a etapa mais dura do Grande Prémio. Uma tirada de 180 quilómetros entre Chaves e Viana do Castelo, com três "sprints" especiais, situados em Boticas, Braga e Ponte de Lima. Era a prova esperada pelas diferentes equipas para "atacarem" a camisola amarela, em especial a formação do Barbot-Torrié, com muitas expectativas neste Grande Prémio. Mas, mais uma vez, a Porta da Ravessa marcou superioridade e o camisola amarela, Vidal Fitas, ganhou a vantagem suficiente para encarar a última etapa da prova, entre Via-na do Castelo e Ovar, com a menor das despreocupações. O espanhol Miguel Soro, da equipa Jodofer-Abóboda, ainda conseguiu a vitória na etapa, mas Vidal Fitas segurou a amarela e venceu o Grande Prémio Philips.

Por equipas a vitória pertenceu à Porta da Ravessa, ao passo que a geral por pontos foi conquistada por Mario Traversoni, vencedor de duas etapas.



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