Depois do sucesso da iniciativa no ano transato, a segunda edição do Granfond, que terá lugar a 15 de julho em Bragança, promete trazer à região milhares de pessoas de Portugal e Espanha, entre ciclistas e acompanhantes, naquela que será a maior prova desportiva do verão nordestino.

 

Decorreu no início da semana, a 15 de janeiro, no Teatro Municipal a conferência de imprensa de apresentação da segunda edição do Bragança Granfondo 2018. Na Sala de Atos do Município de Bragança, marcaram presença nomes sonantes do ciclismo ibérico e internacional como o brigantino Ricardo Vilela, o espanhol Gustavo César Veloso, o vencedor da Tour de France em 2006, o galego Óscar Pereiro e, por último, mas não menos importante, um nome que dispensa apresentações, Marco Chagas, que venceu a Volta a Portugal em Bicicleta nos anos de 1982, 1983, 1985 e 1986, sendo, até 2012, o ciclista com mais vitórias na competição. “Na atualidade, os granfondos é uma das melhores formas de divulgar o ciclismo porque todas as pessoas que praticam a modalidade têm acesso a estar nos granfondos, independentemente de serem profissionais, amadores, andarem muito ou andarem pouco”, garantiu um dos nomes incontornáveis do ciclismo no panorama nacional. Até porque, de acordo com Marco Chagas, “é um desafio, é algo que as pessoas que praticam algum tipo de atividade física sabem que é importantíssimo fazer e, depois, há toda esta envolvência, nomeadamente, o convívio e a paisagem”.

Recorde-se que esta prova surgiu como um dos projetos vencedores do Orçamento Participativo 2017 e que, depois do sucesso alcançado na sua primeira edição, a autarquia brigantina fez questão de manter a aposta naquela que promete ser, em julho, a maior prova desportiva do verão na capital nordestina. Até porque são esperados, sensivelmente, dois mil ciclistas que, acompanhados por amigos e familiares, entre portugueses e espanhóis, maioritariamente, mas de outras nacionalidades também, tomarão de assalto a capital de distrito no domingo de 15 de julho. Um tipo de turismo que atrai até si amantes da natureza, do desporto e do ar-livre e que pode muito bem fazer com que se repitam as taxas de ocupação da hotelaria que ocorreram em 2017 no concelho e que chegaram bem próximas dos 100 por cento.

À semelhança do ano passado, o Bragança Granfondo integrará três provas distintas. O Granfondo, propriamente dito, com uma extensão de 157 quilómetros e dedicado quase que exclusivamente, a corredores profissionais ou a amadores que queiram superar os seus limites, o Mediofondo que, apesar de ser um percurso mais curto, 104 quilómetros, não deixa de ser desafiante, e por fim o Minifondo com um traçado de 66 quilómetros e que promete atrair os ciclistas ocasionais ou, frequentemente, os mais destreinados.

“Depois do ano passado termos tido 1500 participantes, este ano subimos a fasquia e pretendemos alcançar os 2000 ciclistas e creio que vamos conseguir”, começou por afirmar o presidente da Câmara Municipal de Bragança, deixando claro a ambição e o objetivo traçado para este ano. “O feedback da prova do ano passado foi muito positivo e estamos convencidos de que aquilo que aconteceu, a forma como as pessoas ficaram satisfeitas com a prova de 2017 que, nesta segunda edição, consigamos atingir perfeitamente os 2000 participantes”, fundamentou Hernâni Dias, também ele um entusiasta da modalidade.  

Já o diretor da Bikeservice, empresa encarregue da organização do evento, decidiu justificar por que razão o percurso se mantém idêntico ao da edição de 2017. “O feedback das pessoas foi tão bom que optámos por manter o percurso e a passagem pela imponente Puebla de Sanabria foi um marco importante da nossa ida a Espanha”, explicou Manuel Zeferino, garantindo que foi esse sucesso que colocou a fasquia para este ano nos dois mil participantes.

Será, sem réstia de dúvidas, um evento em que a prática desportiva se aliará intimamente ao conhecer da gastronomia, das belezas naturais e do património histórico inerentes a cada região por onde passa o Granfondo como o Parque Natural de Montesinho, um dos destinos, e as aldeias de Rio de Onor, Guadramil, ou França, já para não falar do lado espanhol, como a Puebla de Sanabria com o lago e as suas paisagens de cortar a respiração.

“Um evento destes em Bragança é sempre bom, não só para quem anda de bicicleta, mas também para a cidade e para a população em geral e sendo na minha terra é ainda mais gratificante”, asseverou o jovem Ricardo Vilela à comunicação social, no final da conferência de imprensa. Como uma das grandes figuras do ciclismo português, o atleta brigantino, atualmente a representar os colombianos da Manzana-Postobon, concluiu confessando que em termos de turismo e a nível da hotelaria, esta prova é ainda mais importante para o concelho brigantino do que a Volta a Portugal.

 


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