O coordenador da sub-região de Saúde de Bragança disse hoje que a adesão entre os 70 e 75 por cento à greve dos médicos vai obrigar ao adiamento de \"apenas\" entre mil a 1.500 consultas em toda a região.
Segundo dados fornecidos quinta-feira à Agência Lusa por fonte do centro de saúde de Bragança, só esta unidade, com cerca de 40 mil utentes poderia atingir este número, tendo em conta a média de doentes atendidos por dia pelos 21 clínicos efectivos.
As previsões feitas na manhã de hoje pelo coordenador da sub- região de Saúde, António Subtil, apontam para consequências menores, já que, segundo disse, o aviso da greve levou os clínicos e doentes a evitarem a marcação de consultas para os três dias de paralisação.
António Subtil estima que no centro de saúde de Bragança o número de consultas adiadas não ultrapasse as 300 e se situe nos 12 centros de saúde da região entre as mil e as 1.500.
O dirigente regional do Sindicato dos Médicos do Norte, Albérico Pires, concorda com a percentagem oficial, na ordem dos 75 por cento de adesão à greve, parece-lhe, no entanto, \"pouco\" o número de consultas adiadas referido pela sub-região de Saúde.
O dirigente sindical disse não ter um feito um levantamento neste sentido, admitindo que o número de 97 médicos ao serviço nos 12 centros de saúde do Distrito e a média normal de 12 consultas por período (manhã ou tarde) \"leva a crer que esse número possa ser atingido em apenas um dia\".
O médico realçou que \"só podem contabilizadas as consultas marcadas, embora sejam muitas as que se fazem todos os dias além dessas\".
Para o dirigente sindical, \"as marcações de consultas deviam estar cheias, tendo em conta que são feitas com alguma antecedência, de semanas em alguns casos\", antes da convocação da greve de três dias.
O coordenador da sub-região de saúde assegurou que, de acordo com as orientações nacionais, os utentes afectados vão ter prioridade na marcação da consulta de substituição.
