A greve dos trabalhadores do Casino de Chaves, no distrito de Vila Real, que decorre entre sexta e sábado, levou ao encerramento de todas as bancas de jogo e ao cancelamento do torneio de `poker´, revelou hoje o sindicato.
“A greve (…) está a decorrer com uma grande adesão, o que levou ao encerramento de todas as bancas de jogo e ao cancelamento do torneio de `poker´”, referiu o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, em comunicado.
Com estes dois dias de paralisação, os trabalhadores vão completar 20 dias de greve no período de um ano, salientou.
O sindicato explicou que os trabalhadores da Solverde – que detém a concessão do Casino de Chaves – reivindicam melhores condições de vida e de trabalho.
A principal exigência destes passa por receber o subsídio de turno ou o subsídio noturno, conforme as outras concessionárias pagam, frisou.
“Recorde-se que a Solverde paga o salário mínimo nacional à esmagadora maioria dos trabalhadores e, ao contrário de outras concessionárias de jogo, não paga subsídio noturno, nem subsídio de turno aos trabalhadores do jogo que trabalham por turnos”, especificou.
A título de exemplo, o sindicato salientou que a empresa paga aos trabalhadores do bar do casino um acréscimo salarial de 50% referente ao trabalho noturno devido à existência da contratação coletiva, mas não paga aos trabalhadores do jogo por ausência dessa mesma contratação coletiva.
“O governo também não está isento de culpas, pois ainda não deu despacho ao requerimento de arbitragem do Acordo Coletivo de Trabalho do jogo feito pela FESAHT [Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal] há mais de seis anos.
A Lusa tentou contactar a Solverde, mas sem sucesso até ao momento.
A Solverde pertence ao grupo Violas, que opera em várias áreas, nomeadamente turismo, educação, imobiliária, bebidas e têxtil.