O grupo suíço Smartenergy/Edisun Power investiu 25 milhões de euros na construção da maior central fotovoltaica do norte, instalada concelho de Mogadouro, com uma potência instalada de cerca 49 megawatts que está já em laboração, foi hoje divulgado.
"Este é o maior projeto do seu género no Norte de Portugal. Trata-se de uma zona pouco trabalhada no que respeita a instalação de parques fotovoltaicos, face ao sul dos pais, que está mais explorada", disse Fernando Ribeiro, diretor de construção de empreendimento solar.
Para o responsável, a proximidade da rede elétrica nacional foi também um fator deste investimento de 25 milhões de euros.
A unidade de produção foi hoje visitada por elementos da Câmara e Assembleia Municipal de Mogadouro, no distrito de Bragança.
A central fotovoltaica é composta por 120.960 painéis solares, que ocupam uma área de 68 hectares, na freguesia de Tó, no concelho de Mogadouro.
"Trata-se de um projeto sustentável que não vai alterar a orografia do terreno e, após o tempo útil da central fotovoltaica, poderá ser de novo ser cultivado, já que não há movimentações de solos. O impacto visual também é mínimo", concretizou o diretor de operações do projeto.
A criação destas infraestruturas servem, também, como zonas tampão para a prevenção de incêndios florestais.
No pico da obra trabalham na sua construção cerca de 250 pessoas, onde mais de 60 eram do concelho de Mogadouro o que contribuiu para o desenvolvimento económico deste território em tempo de pandemia.
Para o presidente da Câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães, a construção da central é o maior investimento privado no concelho de Mogadouro na última década.
"Foi um investimento considerável em tempo de pandemia, tendo sido uma alavanca, durante este período, para a economia local. A construção deste empreendimento ajudou famílias e o tecido empresarial e comercial do concelho com o fenecimento de bens e serviços", indicou o autarca.
Esta unidade criou cinco postos de trabalho permanentes no concelho de Mogadouro.
A unidade de produção de energia solar pode gerar "85 a 86 Gigawatts de eletricidade, anualmente", o suficiente para suprir as necessidades de um núcleo urbano de 7116 habitações e abastecer cerca de 30.000 agrados familiares.
Para os promotores do projeto, "outros dos objetivos passa por colocar o concelho no pelotão da frente, para contribuir para que o país se torne energeticamente mais sustentável, via contributo das energias renováveis - solar, e ajude a chegar às metas traçadas pelo país ao abrigo do Plano Nacional de Energia", vincou o grupo Smartenergy/Edisun Power.
Segundo o grupo empresarial, com este projeto "há uma contribuição inequívoca no combate às alterações climáticas, pois irá evitar emissões de aproximadamente 31 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano e gerar uma produção anual de energia suficiente para abastecer cerca de 7.100 habitações".
A Smartenergy/Edisun Power adiantou igualmente hoje ter outro projeto de 23.4 megawatts para o concelho de Mogadouro (Mina Tó), também na freguesia de Tó, que deverá arrancar no próximo mês de junho com investimento previsto de cerca de 15 milhões de euros.
Espera-se que, no pico da obra, esta unidade de produção possa dar trabalho a 150 a 200 pessoas, sendo que parte está reservada para a mão-de-obra local.
Também hoje foi assinado entre o município de Mogadouro e a Smartenergy um protocolo com vista a instalação de um parque municipal solar que ira abastecer de energia elétrica, vários equipamentos municipais desde o complexo desportivo até as escolas do primeiro ciclo.
"A construção deste novo equipamento deverá arrancar em junho, o que vai permitir economizar recursos que serão depois investido na ação social e no apoio às famílias", disse Francisco Guimarães.
A Ignichoice Renewable Energy, S.A. é uma sociedade de direito português, constituída pelo grupo Smartenergy/Edisun Power (empresas suíças), que materializou o projeto Central Fotovoltaica de Mogadouro.