A procura da carreira aérea Bragança-Lisboa disparou no primeiro semestre deste ano. Segundo dados fornecidos pela Câmara Municipal de Bragança (CMB), os primeiros seis meses do ano apresentam já valores superiores a período homólogo de anos anteriores.

Até Junho houve uma procura do avião que ultrapassou a fasquia dos 600 passageiros, o que tem originado, desde há algum tempo, listas de espera.

Para dar resposta à procura, a autarquia decidiu avançar com a ampliação do aeródromo de 1200 para 1700 metros. O objectivo é permitir o desenvolvimento da infra-estrutura nos próximos vinte anos, dado que, segundo as previsões da CMB, a pista do aeródromo deve evoluir para os 2500 metros no prazo de 10 anos.

Recorde-se que nos últimos quatro anos o número de passageiros que procuram a carreira aérea Bragança/Vila Real/Lisboa tem vindo a aumentar significativamente. Este aumento verifica-se, sobretudo, nos meses de Verão, um facto associado aos fluxos de turismo e emigração que se registam nesta época.
O actual operador da carreira aérea regional, a Aerocondor, colocou nesta linha uma aeronave de 19 lugares e efectua duas viagens diárias, com partida de manhã com destino à capital, efectuando a viagem de regresso no final da tarde. Este horário permite, além de outras comodidades, ir a Lisboa e voltar no mesmo dia. Uma opção cada vez mais procurada pelos empresários.

Procura duplicou
Em 2003, a procura quase que duplicou: 4130 pessoas utilizaram este meio de transporte. Comparando o primeiro semestre de 2004 com o do ano passado, houve um aumento de 45 por cento de procura, visto que até Junho há já o registo de 2992 passageiros.

Tal como o número de passageiros, também o movimento de aeronaves no AMB tem tido a mesma variação, registando-se um aumento do tráfego desde 2002, mas foi em 2003 que mais aviões circularam.
Depois desta ampliação, o AMB poderá receber aeronaves de médio porte e garantir o crescimento na utilização do avião como meio de transporte, permitindo novos voos regionais, internacionais e turísticos.
Este projecto, contudo, pode esbarrar na falta de condições da pista do aeródromo de Vila Real, dado que o avião Bragança-Lisboa faz escala naquela cidade duriense.

A zona de aterragem do aeródromo de Vila Real tem, actualmente, cerca de 900 metros e, embora as obras de ampliação em mais de 200 metros comecem já no mês de Janeiro, a evolução das infra-estruturas das duas capitais de distrito não é a mesma. A discrepância pode, mesmo, interferir com a possibilidade de a Aerocondor colocar nesta linha um avião de maiores dimensões.



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