Vizinhos e familiares desesperam por notícias de Eduardo Sá da Rosa, habitante de Vilarandelo, Valpaços, que saiu de casa por volta das 07.00 da manhã de terça-feira e ainda não foi encontrado. A Polícia Judiciária deslocou-se ontem à tarde ao local e já está a investigar o desaparecimento, depois de as primeiras buscas, a cargo dos bombeiros e da GNR, não terem tido sucesso.
Na pequena localidade de Vilarandelo não se fala de outra coisa e já há mesmo quem defenda a tese de rapto. Eduardo da Rosa saiu de casa de manhã cedo, na sua carrinha, dizendo à mulher que ia para uma pequena propriedade da família, a que chama \"Pevide\", a poucos quilómetros da sua residência. Nunca mais regressou.
Já perto da hora do almoço, a mulher, Amélia Lopes Mitras, estranhou a sua demora e foi ao seu encontro: \"Ele saiu de casa e disse-me que não ia demorar. Já há mais de um mês que não ia para lá e disse que só ia apanhar umas uvas. Eu esperava-o em casa lá para as dez horas, mas ao meio-dia ainda não tinha vindo. Fui à procura dele\", explicou ao DN a mulher.
Pelo caminho encontrou um habitante da aldeia que lhe garantiu ter visto Eduardo Sá da Rosa, cerca das 11.30, na vinha da qual era proprie- tário. Mas no terreno nem rasto do homem. Apenas foi encontrada a carrinha, que Eduardo Rosa levara para o monte, com uma das portas aberta.
No interior da viatura foi encontrada uma grade de uvas, utensílios da lavoura e, ainda, o balde e a corda com que, habitualmente, retirava água do poço.
Segundo os vizinhos, Eduardo terá, antes do seu desaparecimento, \"andado na propriedade a fazer os pés de umas estacas, a regar - pois a corda que suportava o balde estava molhada - e a apanhar uvas\".
O alerta do desaparecimento foi feito às autoridades e cerca das 13.00 de terça-feira a GNR e os Bombei- ros Voluntários de Valpaços terão começado por esvaziar os poços que Eduardo costumava utilizar para a rega. As buscas, já com a ajuda de cães, foram retomadas às 06.00 de ontem e prosseguiram durante todo o dia, sem sucesso.|
