A Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros não acredita que o hidróxido de alumínio usado na Estação de Tratamento de Água do Azibo seja responsável pela morte de uma quantidade significativa de peixes no rio Sabor.

A suspeita foi levantada na passada quarta-feira por Pedro Couteiro, do Núcleo de Estudos e Protecção do Ambiente da UTAD, o que levou a autarquia a realizar novas análises à água.
A ETA tem cerca de 20 anos e, segundo o vereador da CMMC, Carlos Barroso, o processo de tratamento não têm sofrido alterações. "Os processos de tratamento são os mesmos de há 20 anos o que nos leva a perguntar porque é que a morte de peixe nunca ocorreu antes", alega o autarca.
A edilidade aguarda, agora, os resultados das análises. Antecipando as conclusões, Carlos Barroso recorda que desde a ETA, situada na ribeira do Azibo, até ao rio Sabor não foi encontrado qualquer peixe morto. "Numa distância de cinco quilómetros até à foz do Azibo não há qualquer problema. Os peixes mortos só começaram a aparecer daí para baixo", recorda do vereador.
Para tirar dúvidas, a CMMC realizou vistorias às estações de tratamento de águas residuais do concelho, onde não foram encontradas quaisquer anomalias. Sendo assim, Carlos Barroso admite que a morte dos peixes possa ter sido causada por agentes poluidores, mas garante que não são do concelho de Macedo de Cavaleiros.
Este é a reacção da edilidade às primeiras análises efectuadas à água do Sabor, que revelam a existência de hidróxido de alumínio, uma substância utilizada no tratamento de água.
Segundo Pedro Couteiro, esta substância pode estar na base da morte dos peixes, mas pode não ser a única, dada a dimensão da catástrofe. "Há uma investigação a fazer", assevera o responsável, acrescentando que a UTAD já recebeu novas amostras de peixes que podem fornecer novos dados.
Recorde-se que serviços de Protecção da Natureza da GNR já entregaram dados no Ministério Público de Mirandela, que vai dar seguimento às investigações.



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