O homem que baleou esta madrugada um militar da GNR, em Bragança, já tinha sido detido no dia anterior durante uma fiscalização rodoviária, mas foi solto após presença ao juiz da comarca, disse à Lusa fonte policial.
O autor dos disparos contra a patrulha da GNR, em Carrazeda de Ansiães, «já tinha sido detido no dia anterior». «Após ter sido presente a tribunal por conduzir uma viatura furtada, foi solto», adiantou a mesma fonte.
Na altura da primeira detenção, o homem, com antecedentes criminais, «ameaçou de morte os militares e o comandante [do destacamento]», ao ter sido «interceptado a conduzir uma viatura furtada em Espanha», explicou a fonte.
Segundo o major Rui Pousa, das Relações Públicas do Comando Distrital de Bragança da GNR, o indivíduo de 33 anos chegou a usar uma faca de cozinha nas ameaças.
A mãe e a irmã deste também foram detidas por tentarem impedir a remoção do veículo. Depois de ouvidos em tribunal, os três saíram em liberdade com a medida de coacção mais leve, o Termo de Identidade e Residência.
A operação de fiscalização rodoviária, e que levou à primeira detenção do autor dos disparos, «decorria no âmbito de uma acção policial a nível europeu», que visava controlar o «tráfico e viciação de veículos furtados na Europa», acrescentou a mesma fonte.
O veículo tinha sido furtado em julho na zona de Verín, em Espanha, e apresentava matrículas falsas de outro veículo da zona de Andorra.
Segundo a GNR, o condutor tinha saído há pouco tempo da prisão, em Espanha.
O militar que conduzia a viatura ficou ferido no braço direito e num ombro, ao ser atingido «com dois tiros de uma arma de caça», que as autoridades suspeitam ser «chumbo de zagalote».
De acordo com o major Rui Pousa, o guarda está internado no hospital de Vila Real e «não corre risco de vida».