Vigilância contra fogos deveria ser permanente
O destacamento da Guarda Nacional Republicana de Bragança apresentou uma proposta ao Comando Nacional da GNR para que os postos de vigia aos incêndios possam ter um horário flexível ou até que alguns funcionem 24 horas por dia.

Este ano, pela primeira vez, e na sequência de uma directiva nacional, os postos de vigia de Bragança estão fechados entre a meia-noite e as oito da manhã. A situação verifica-se desde o dia 1 de Julho, data em que arrancou a fase Charlie na época de fogos florestais, o período mais crítico e que, por isso mesmo, tem mais meios sempre em alerta.

No distrito de Bragança há 11 estruturas de vigia espalhadas pelas maiores zonas de mato e floresta como é o caso dos Parques Naturais de Montesinho e Douro Internacional e as Serras da Nogueira, Coroa, Bornes e Reboredo.

Mas este Verão funcionam apenas das oito da manhã até à meia-noite. Esta situação está a preocupar a Protecção Civil Distrital porque «no combate às chamas, tudo o que atrasar o alerta é um constrangimento« refere Melo Gomes, o comandante Distrital das Operações de Socorro. O mesmo responsável acrescenta que «quanto mais cedo nos for comunicado o início do incêndio, melhor é o combate porque chegamos mais rapidamente ao local». Para isso, é necessário «ter os postos de vigia a funcionar 24 horas», afirma o responsável.

Nesse sentido, o destacamento da GNR de Bragança já apresentou uma proposta ao Comando Nacional para flexibilizar o horário de funcionamento dos postos. «Se as circunstâncias do tempo nos indicarem que será melhor ter a vigilância noutro horário poderemos, por exemplo, iniciar essa vigilância ao meio-dia e prolongá-la até às quatro da manhã», explica o major Sá Pires. A proposta indicava ainda a necessidade de alguns postos de vigia operarem durante 24 horas por dia, sobretudo aqueles que têm uma localização estratégica. A GNR de Bragança aguarda agora uma resposta do Comando Nacional.



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