O que, na prática, obrigava a administração da unidade hospitalar flaviense a repor a situação anterior à nomeação. Antes da designação, em Dezembro do ano passado, o serviço era gerido pelo obstetra Pinto de Almeida. Logo, deveria ser esse profissional a voltar a exercer as funções de director de serviço. No entanto, não foi o que aconteceu. Valendo-se do facto de o médico Pinto de Almeida não ter sido nomeado pelo Conselho de Administração (CA) do hospital - o órgão competente para o efeito - e de existir \"tão só uma declaração do director clínico\" nesse sentido, mas a qual \"nunca foi rectificada\" pelo CA, este órgão considera, assim, que \"legalmente, aquela nomeação não produziu qualquer efeito\". Pelo que, conclui a administração do hospital, \"a decisão do Tribunal não pode repor uma situação inexistente\", isto é: \"O Drº Pinto de Almeida não pode reassumir funções de responsável de um serviço para o qual não foi nomeado pelo órgão competente\".

Por assim entender, no passado dia 24, o CA decidiu, \"enquanto se mantiver a suspensão de eficácia (...), proceder à nomeação de um responsável do serviço de Ginecologia e Obstetrícia\", entregando novamente a direcção do serviço ao médico Alexandre Carvalho. A decisão foi aprovado por maioria, mas com o \"voto de vencido\" do director clínico, Francisco Taveira, quem, por Lei, propõe ao CA o nome do director de serviço.

A administração do hospital justifica a sua \"preferência\" pelo facto de Alexandre Carvalho ter formação nas duas áreas, isto é, em ginecologia e obstetrícia, e pelos níveis de produtividade que apresenta, nomeadamente ao nível de intervenções cirúrgicas.

Confrontado com a solução, Pinto de Almeida referiu que já \"reagiu\", mas, \"por enquanto\", recusou adiantar mais pormenores. Disse, porém, que a decisão do CA é, acima de tudo, \"uma afronta ao acórdão do Tribunal\", e que \"provavelmente irá pagar por isso\".



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